Escândalos de corrupção apressaram a queda. Numa simulação de segundo turno o ‘capitão cloroquina’ já perde para Lula, Ciro, Doria e Mandetta
Pesquisa do Instituto Atlas Político, divulgada nesta sexta-feira(30), mostra que a rejeição a Bolsonaro não para de crescer e já são 62% da população brasileira os que têm uma visão negativa do mandatário. O número dos que acham seu governo ruim ou péssimo também cresceu de 53% e maio para 59% agora, ou seja, um aumento de seis pontos percentuais.
Já o número dos que acham seu governo ruim ou péssimo subiu de 53% em maio para 59% agora. Os que ainda acham seu governo bom ou ótimo caiu e 31% em maio para 26% nesta última pesquisa.
Entre as causas dessa queda de Bolsonaro estão sua desastrosa gestão da economia, que mantém os maiores níveis de desemprego da história, e sua conduta negacionista frente à pandemia, que já provocou a morte de mais de 553 mil pessoas. Mais recentemente os escândalos de corrupção envolvendo seu governo na compra de vacinas contra a Covid-19 aumentaram ainda mais o repúdio popular.
Do ponto de vista eleitoral, ele também vem se esvaziando rapidamente e hoje já perde para Lula, Ciro, Haddad, Doria e Mandetta. Não por outro motivo, Bolsonaro já faz ameaças ao processo eleitoral do ano que vem. Ele vislumbra sua derrota e usa as suas redes sociais e sua milícia digital para tentar desacreditar as instituições da democracia e o processo eleitoral brasileiro.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou a vantagem sobre Bolsonaro em comparação à pesquisa anterior e venceria por 49,2% contra 38,1%, num eventual segundo turno, num cenário com 12,8% de votos nulos ou brancos. Também Ciro Gomes (43,1% a 37,7%), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (42,9% a 37,5%), e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (41,9% a 38,4%) ampliaram sua preferência, e poderiam frustrar o sonho da reeleição do presidente em 2022. A pesquisa ouviu 2.884 pessoas entre a segunda-feira, 26, e a quinta-feira, 29.