O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (CNTA) e coordenador geral do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), Artur Bueno de Camargo, defendeu em audiência no Senado Federal, “uma ampla mobilização por parte do movimento sindical nas eleições de 2018 para eleger pessoas que tenham compromisso com os trabalhadores e a sociedade”.
Para Artur, “a mudança que precisamos fazer no país passa pela mudança de governo e no Congresso Nacional, onde uma maioria alinhada com o grande capital continua aprovando leis contra os trabalhadores e a sociedade”. O dirigente sindical afirmou que a mobilização dos trabalhadores para revogar a reforma trabalhista irá continuar: “Se o governo e maioria parlamentar que aprovou o desmonte da CLT pensam que acabaram com o movimento sindical, estão muito enganados, pois com a nossa luta vamos jogar essa reforma trabalhista na lata do lixo”.
O coordenador do FST questionou, por fim, a postura adotada pelas comissões de Constituição e Justiça da Câmara e do Senado quando aprovaram a atual reforma trabalhista no tocante à questão da contribuição sindical, entre outros aspectos que estão sendo considerados inconstitucionais por vários juízes na primeira instância da Justiça do Trabalho. “O que esses parlamentares têm a nos dizer sobre isso?”, perguntou.
Durante a audiência, Artur também denunciou o Interdito Proibitório, medida autorizada por alguns juízes, que, na prática, impede os piquetes e manifestações próximos aos locais de greve : “O que estão fazendo, nesse caso, não é apenas cercear o direito de greve, mas o próprio direito à manifestação sindical e dos trabalhadores”, afirmou.