Cantor caiu em desgraça ao se acumpliciar ao fascismo bolsonarista. Parceiros cancelaram trabalhos juntos, shows e comerciais foram suspensos
O cantor Sérgio Reis se deixou contaminar pelo fascismo bolsonarista e resolveu falar em nome dos caminhoneiros e convocar um golpe de Estado para o dia 7 de Setembro.
Logicamente caiu em desgraça. Não percebeu que se associar às insanidades de Bolsonaro e suas milícias hoje em dia só traz consequências nefastas.
O sertanejo foi cancelado nas redes sociais, inclusive por colegas artistas e shows foram suspensos. Renato Teixeira foi um dos que se afastou dele.
Diversos líderes dos caminhoneiros desautorizaram Sérgio Reis. “A gente desconhece as pessoas que estão ao lado dele”, afirmou Plinio Dias, presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Carga (CNTRC). “Sérgio Reis não representa nem os artistas, quanto mais os caminhoneiros”, destacou. Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), afirmou que os caminhoneiros não vão participar. “Não nos envolvemos com política, nem a favor de governo ou contra governo, nem a favor do STF ou contra o STF”, disse ele.
Sérgio Reis se diz arrependido pelas ameaças que fez ao STF: “Era tudo brincadeira”, disse ele. Mas o estrago já estava feito. “Eu errei mesmo, errei muito. Não devia ter falado, porque as pessoas pensam… Falei com um amigo. Ele postou num grupinho. Um amigo da onça. É da vida. Estão me ameaçando, pensando que estou com medo. Mas não me escondi. Estou aqui em casa, não agredi ninguém. Arco com minha responsabilidade”, afirmou.
Antônio Galvan, presidente da Prosoja, entidade citada por Reis como participante da convocação golpista, chegou a dizer que Sérgio Reis estava bêbado quando gravou o áudio.
“Já estou tendo prejuízo. Cancelaram quatro shows e dois comerciais que ia fazer agora. Tiraram do ar um que faço para um supermercado de Curitiba. Vão tirar por um mês do ar e esperar para ver o que acontece”, contou o cantor.
Apesar de se dizer arrependido e até afirmar que não está com Bolsonaro, a fala não convenceu muita gente. “Não sou puxa-saco do Bolsonaro”, ressaltou, para logo em seguida voltar a defender a manifestação golpista.
“Tenho de ir para a rua porque me comprometi com eles. Preciso mostrar para o povo que querem me amedrontar. Se tiver de morrer, eu morro, morro pelo meu país. Não vou fugir”, assinalou. “Pelo que estão fazendo, soltando os bandidos, eu quero o impeachment deles. Não acho que estão representando o povo. Ali é o Supremo Tribunal Federal, é a Justiça do país, tem de ter coerência”, prosseguiu o sertanejo.
Um grupo de 29 subprocuradores-gerais da República encaminhou nessa terça-feira (17) ao Coordenador Criminal da Procuradoria da República no Distrito Federal, Carlos Henrique Martins Lima, uma representação criminal contra o ex-deputado em razão dos vídeos divulgados no domingo.
De acordo com o documento, as declarações do ex-parlamentar bolsonarista configuram, em tese, crime de incitação à subversão da ordem política ou social (artigo 23 da Lei 7.170/83) e incitação ao crime (artigo 286 do Código Penal). Líderes dos caminhoneiros manifestaram divergência com Sérgio Reis, disseram que não participar do protesto de 7 de setembro e classificaram o chamado como “ato totalmente político”.
O cantor afirma que ainda não foi notificado sobre o pedido de abertura de inquérito contra ele por ameaça, feito pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal. “Se abriram, vamos fazer a defesa, o que é certo. Não tenho medo de cadeia. Quando moço, eu era briguento, participava de briga tonta. Fui preso por briga, tinha de responder pelo que fiz. Não fiz nada agora”, tentou explicar o sertanejo.
já li em algum lugar que “os canalhas também envelhecem”, e sérgio reis é a prova disso.