O preço da gasolina comum já ultrapassou R$ 7 no Rio Grande do Sul, Amazonas e Rio de Janeiro e chegou a R$ 6,99 o litro no Acre na semana passada (de 15 a 21 de agosto), segundo a pesquisa semanal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Não se trata de um ou outro caso. Ainda conforme a agência, os dados de preços médios e preços máximos, nos níveis dos de Porto Alegre, Manaus e Rio, podem se alastrar por todo o país devido à política de paridade do preço dos combustíveis com o dólar realizada pelo governo federal.
No Sudeste, região com maior consumo do produto, o preço médio da gasolina é de R$ 5,944 e o máximo já passa de R$ 7,00 ou, mais exatamente, R$ 7,059.
Na região Sul, os preços altos não ficam só no Rio Grande do Sul. A região toda tem como preço máximo R$ 7,189 e o preço médio no nível de R$ R$ 5,892.
O Norte com R$ 7,130 de média no preço máximo e o Nordeste no nível de R$ 6,789 são outros exemplos da alta de preços no patamar de R$ 7,00, por todo país.
Os repetidos aumentos realizados pela direção da Petrobrás, chancelados pelo governo Bolsonaro, colocaram o preço médio praticado em todo o país em R$ 5,955, aumento 0,22% no período considerado e alta de 0,60% no mês.
Os preços dos combustíveis estão atrelados aos preços do barril do petróleo no mercado externo e, consequentemente, à variação cambial, no caso ao preço do dólar. Essa determinação é arbitrária e mantida pela direção da Petrobrás, sob a tutela de Guedes e Bolsonaro, para maximizar os lucros de seus acionistas minoritários, na atualidade com mais de 50% das com ações preferenciais e mais de 30% das ordinárias.
Poderia ter como base os custos de exploração da companhia, especialmente os do PréSal, que já responde por 2/3 da produção total da empresa e que permitiriam estabelecer preços finais para os combustíveis muito inferiores aos hoje praticados, mantendo a saúde financeira da empresa e beneficiando os consumidores.
Algo muito razoável para uma nação que ergueu o colosso da Petrobrás e espera obter alguma vantagem por essa condição para rodar sua indústria ou garantir a mobilidade dos brasileiros. E não para favorecer especuladores estrangeiros que, no momento, tomaram a posse de grande parte das ações da empresa pela ação nefasta do entreguismo de Guedes e cia.
A manter-se a política atual de preços para os combustíveis e expectativas de níveis de preços elevados para o petróleo no mercado internacional, os preços do mercado interno serão ainda mais pressionados. A venda de refinarias para o capital estrangeiro, com a de Landulpho Alves na Bahia, já efetivada, é outro fator que vai pressionar a manutenção da maléfica política de paridade.