“O Marcos Tolentino é um fraudador, e não vai fraudar uma doença? É esse cidadão que se interna na véspera de ser ouvido. Ele vem para cá nem que seja de maca. Mas vai vir aqui”, afirmou Aziz
O presidente da CPI da Covid-19 no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), voltou a criticar o Hospital Sírio Libanês pela emissão de atestados médicos apresentados por duas pessoas que deveriam prestar depoimento à CPI: o lobista Marconny Nunes e o advogado Marcos Tolentino.
Sobre especificamente Tolentino, o presidente da comissão disse que o advogado vai depor “nem que seja de maca”.
“Ele se internou no final da tarde, e 8 horas da noite estava dando entrevista. Sorridente, como se nada estivesse acontecendo. Para quem estava passando mal, não dava para estar dando entrevista”, observou Aziz.
“O Marcos Tolentino é um fraudador, e não vai fraudar uma doença? É esse cidadão que se interna na véspera de ser ouvido. Ele vem para cá nem que seja de maca. Mas vai vir aqui”, afirmou Aziz.
QUEM É MARCOS TOLENTINO DA SILVA
Tolentino é apontado como sócio oculto da empresa FIB Bank. A convocação foi sugerida pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Segundo o senador, a FIB Bank forneceu à Precisa Medicamentos garantia irregular no negócio de compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.
Randolfe destaca que a garantia oferecida no contrato de R$ 1,61 bilhão é do tipo fidejussória, o que não estava previsto no documento assinado entre a Precisa, o Ministério da Saúde e a farmacêutica Bharat Biotech.
FIANÇA BANCÁRIA
De acordo com o contrato, a garantia para cobrir 5% do negócio (R$ 80,7 milhões) deveria ser fiança bancária, seguro-garantia ou caução em dinheiro ou títulos da dívida pública.
O senador destaca ainda que a “carta de fiança” oferecida pela FIB Bank foi apresentada 10 dias após o fim do prazo contratual. Ainda assim, o Ministério da Saúde incluiu a garantia fidejussória no sistema de pagamentos do governo federal como se fosse seguro-garantia.
M. V.