O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) divulgado pelo Banco Central (BC), nesta segunda-feira (16), aponta que a economia brasileira continua no fundo do poço. De acordo com o BC, o índice teve uma pequena variação de 0,09% em fevereiro na comparação com o mês anterior, o que é praticamente zero.
Em janeiro este índice foi negativo, -0,64%, de acordo com dados revisados pelo BC. O IBC-Br é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Com a política econômica de Dilma/Levy e Temer/Meirelles, de arrocho fiscal e juros na lua, em meados de 2014 o país mergulhou na maior recessão de sua história. O PIB em 2014 ficou em 0,5%; em 2015 desabou a menos 3,5%; 2016 ficou em 3,6% e continuou em recessão em 2017 com um crescimento de apenas 1%. Com a indústria paralisada, sua participação no PIB do ano passado foi zero. Pelo quarto ano consecutivo, o volume de investimentos das empresas em 2017 caíram -1,8%. Há quatro anos, os gastos com máquinas e equipamentos e construções estão em queda, levando a taxa de investimento, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), a 15,6%. A mais baixa da série histórica do IBGE.
Já o índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, diferente do PIB, ainda que seja considerado uma “prévia” do PIB. Tanto o IBC-BR quanto os dados do IBGE desmontam o discurso do governo Temer de que a economia está se recuperando.
Conforme o IBGE, o varejo teve queda de 0,2%, em fevereiro ante janeiro deste ano. No setor de serviços, os dados também não foram nada animadores, queda de 1,8% nos dois primeiros meses do ano. A produção industrial ficou praticamente zero em fevereiro, uma variação de 0,2% em comparação com o mês anterior. Em janeiro este item da economia foi negativo, -2,2%.
Segundo o Instituto ainda, 23,1 milhões de pessoas estão no desempregado e no subemprego (brasileiros que trabalham sem carteira assinada, – vivendo como ambulantes, de pequenos serviços, entre outros).