Frente Parlamentar pede à PRF ação contra bandos bolsonaristas que atacam caminhoneiros

Deputado Nereu Crispim (PSL-RS), presidente da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros. Foto: Reprodução - Facebook

O presidente da Frente Parlamentar de Caminhoneiros e Celetistas, o deputado Nereu Crispim (PSL-RS) enviou ofício ao Diretor Geral da Polícia Rodoviária Federal (DGPRF), Silvinei Vasques, cobrando segurança para os motoristas de caminhão que estão sendo atacados por bandos bolsonaristas em algumas rodovias.

A Frente pede apoio urgente da PRF para “cumprir e fazer cumprir a legislação brasileira, garantir a liberdade dos caminhoneiros, conter e evitar intercorrências do tipo e sua evolução”.

O deputado explica no texto que a solicitação é feita em decorrência dos atos e manifestações iniciadas ontem pelos bolsonaristas e que ainda estão acontecendo.

Ele denuncia “as obstruções de trânsito em estradas federais com madeiras, pedras e pneus e também ameaças à integridade física e danos ao patrimônio com lançamento de pedras” contra caminhoneiros autônomos, descumprindo a Constituição, que se refere ao livre direito de ir e vir. As ocorrências se concentram principalmente em vias de Santa Catarina.

“Não é verdade que os policiais rodoviários estejam facilitando para os manifestantes”, explicou Nereu Crispim à coluna de Chico Alves do UOL. “A informação que recebi é que eles primeiro tentam negociar e somente se as retenções se estenderem vão agir com mais rigor”.

Para Crispim, esses manifestantes são pessoas infiltradas, ligadas a empresas de agronegócio, se fazendo passar por caminhoneiros.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, até 17h 30m foram registrados pontos de concentração em rodovias federais com abordagem a veículos de cargas em 8 estados: Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Maranhão e Rio Grande do Sul.

O presidente da Frente Parlamentar de Caminhoneiros e Celetistas enviou cópia do ofício ao presidente Jair Bolsonaro, vice-presidente Hamilton Mourão, cinco ministros, presidente do Supremo Tribunal Federal, presidentes da Câmara e Senado. “Isso é para que eles saibam que a responsabilidade pelo que acontecer é deles”, ressalta Crispim.

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