O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, decidiu ampliar o escopo (alvo, objetivo) do inquérito instaurado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que apura a disseminação de fake news, para investigar se houve financiamento dos atos antidemocráticos de 7 de Setembro e, caso tenha havido, quem financiou.
Salomão quer investigar também se os atos configuraram propaganda eleitoral antecipada, por conta da participação de Jair Bolsonaro, que usou o palanque para fazer discursos golpistas e questionar a lisura do sistema eleitoral brasileiro.
Segundo a Globonews, o corregedor quer saber se houve pagamento de transporte e diárias para manifestantes e quem esteve por trás da organização do evento.
O inquérito sobre a disseminação de fake news foi anunciado pela corte no início de agosto com o objetivo de apurar fatos que possam configurar crimes eleitorais relativos aos ataques contra o sistema eletrônico de votação e à legitimidade das eleições em 2022.
Foi por meio dele que o ministro determinou a suspensão do repasse de valores de monetização de redes sociais a canais e perfis dedicados à propagação de desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Agora, o corregedor ampliou o objeto de apuração para saber se houve abuso de poder econômico e político nos atos de 7 de Setembro; uso indevido dos meios de comunicação social; corrupção; fraude; condutas vedadas a agentes públicos; e propaganda extemporânea (antecipada), em relação aos ataques contra o sistema eletrônico de votação e à legitimidade das eleições de 2022.
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