Afirma o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos
Começou a valer nesta segunda-feira (20) o aumento do imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF). Para o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), a elevação da alíquota do imposto sobre operações financeiras é uma “maldade com o povo brasileiro”, classificou Ramos, em um vídeo divulgado no final de semana (18), ao defender que a Câmara deveria anular o aumento que foi decretado por Bolsonaro.
“O IOF é um tributo que de forma transversal incide muito duramente no bolso da classe média e dos mais pobres. O IOF incide sobre empréstimo consignado dos servidores públicos e dos aposentados, incide sobre o financiamento da casa própria e mesmo nas operações com moeda estrangeira, ele acaba refletindo no preço da vacina, no preço do medicamento e mais uma vez atingindo o bolso dos mais pobres”, afirmou o vice-presidente da Câmara.
Na última quinta-feira (16), Bolsonaro editou um decreto aumentando as alíquotas do IOF com a desculpa que os recursos seriam destinados para bancar o novo Bolsa Família e outras iniciativas do governo.
As novas alíquotas do IOF para pessoas físicas subiram dos atuais 3,0% anual para 4,08% anual. Já as operações feitas por empresas passaram de 1,5% anual para 2,04% anual. O aumento valerá até 31 de dezembro e a estimativa é que a medida gere uma arrecadação de cerca de R$ 2,14 bilhões.
Com 53% de rejeição – pior índice do mandato – segundo a pesquisa Datafolha, Bolsonaro prometeu que vai ampliar a cobertura do Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família, na busca de fazer demagogia com os brasileiros que ele ajudou a empurrar para miséria, ao sabotar medidas que poderiam atenuar os impactos da pandemia de Covid-19 e o programa nacional de imunização da população a doença.