Em meio à Operação Carne Fraca da Polícia Federal (PF), que investiga as fraudes laboratoriais no setor de carnes e processados, a BRF chegou ao nome do notório Pedro Parente para comandar o conselho de administração, em eleição a ser realizada na assembleia de acionistas no próximo dia 26, segundo reportagem do Valor Econômico.
O nome de Parente seria o “consenso” entre Abílio Diniz, os fundos de pensão Petros e Previ e o fundo britânico Aberdeeen.
Conforme a reportagem, para assumir a presidência do conselho de administração da BRF, Parente deve deixar a liderança do conselho da B3, provedora de infraestrutura para o mercado financeiro.
Mesmo assumindo a empresa privada BRF – responsável pelas marcas Sadia e Perdigão -, Parente permaneceria na presidência da Petrobrás, maior estatal do país, onde tem aplicado a política de venda de ativos, chamada de “desinvestimento”, além da submissão ao cartel internacional do petróleo, chamada por ele de “aliança estratégica”.
Antes de assumir a Petrobrás, Parente presidiu a filial brasileira da multinacional Bunge. No governo Fernando Henrique, foi o ministro do Apagão.
Em nota divulgada à imprensa, Parente confirmou que aceita a nomeação para presidir a BRF e afirmou que não haverá qualquer mudança na sua função à frente da Petrobrás.