Os estudantes secundaristas estão mobilizando escolas em convocação para a manifestação pelo impeachment de Bolsonaro e em defesa da democracia, no próximo dia 2 de outubro, na Avenida Paulista.
O diretor da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP), Lucca Gidra, afirmou que “Bolsonaro cometeu muitos crimes e, apesar da carta feita por Temer sinalizando um recuo depois das declarações das manifestações de 7 de Setembro, sabemos que esse recuo é falso. Bolsonaro pode fingir recuar, mas a gente não vai recuar de jeito nenhum”, disse Lucca.
“Não dá para aceitar que um ladrão, que um cara que atenta contra a vida, que atenta contra a democracia, um cara mentiroso, truculento, continue na presidência da República. Ele precisa pagar pelos crimes que cometeu, não são poucos os crimes e ele precisa pagar. Para os crimes que Bolsonaro cometeu, não existe perdão”, completou o líder estudantil.
Para Lucca, as recentes declarações de Bolsonaro na ONU – que fizeram o mundo debochar do presidente brasileiro – reforçam o que a UMES, junto com os demais democratas, denunciam desde 2018: que Bolsonaro não tem compromisso algum com a verdade ou mesmo com o povo brasileiro.
“No discurso da ONU, Bolsonaro envergonhou o Brasil, além de espalhar coronavírus com o ministro da Saúde, mostrando quão ridículo beira esse governo e quão mentiroso ele é, mentindo sem nenhum pudor diante dos mais importantes líderes de Estado do mundo com seu discurso de abertura da ONU”, disse Lucca.
Lucca disse ainda que esse episódio “mostra mais uma vez a necessidade de tirarmos esse cara que não representa o Brasil e que, não à toa, o povo brasileiro não se sente representado por Bolsonaro. A maior parte da população rejeita o Bolsonaro, 70% da população rejeita, é contra a ditadura, ou seja, é contra o projeto do governo Bolsonaro. Por isso a gente precisa derrubar ele o mais rápido possível. Por isso, nós vamos estar de novo no dia 2 de outubro, nas ruas, para derrotar o governo Bolsonaro”.
Lucca enfatiza a necessidade de uma ampla frente em defesa da democracia para que seja possível derrotar o projeto bolsonarista de poder e considera importante que partidos do centro e da direita estejam se somando a organização dos próximos atos.
“Precisamos mostrar mais amplitude ainda, fazer um ótimo ato no dia 2, um ato grande, e já preparando também para o dia 15 novembro, que tende a ser um ato ainda maior e mais amplo, no feriado nacional da proclamação República”, disse.
Lucca afirmou que os estudantes estão profundamente revoltados com esse governo e essa indignação aumentou ainda mais quando Bolsonaro tentou sabotar a vacinação dos jovens.
“Nós aqui da UMES, temos visto que o conjunto dos estudantes secundaristas que temos conversado está indignado com todas as questões que aconteceram recentemente, inclusive Bolsonaro tentando suspender a vacinação de jovens, o que é um absurdo. Um governo que tenta a todo momento, através de critérios anticientíficos atacar a vida, sabotando a vacinação e, portanto, atacando a ampliação do retorno presencial ao atacar a imunização dos jovens” disse Lucca.
“A juventude tem dado o recado nos últimos tempos. Temos puxado muita palavra de ordem, afirmando que os estudantes não têm medo de Bolsonaro e que ele, mesmo tentando a todo momento, não vai nos afastar das ruas, da política. No próximo dia 2 vamos mostrar que não recuaremos diante de sua tentativa de instaurar o medo e o ódio. Não dá para ficar mais nem um dia sequer com Bolsonaro na presidência da República”, concluiu Lucca.