Mais de 10 mil pessoas se reuniram na Praça Tiananmen, em Pequim, na sexta-feira, 1º de outubro, para participar do hasteamento da bandeira chinesa e cantar o hino nacional, como parte das comemorações do 72º aniversário da fundação da República Popular da China.
Foi nesse dia, em 1949, que o líder Mao Tse Tung proclamou a fundação da RPC e anunciou ao mundo que “o povo chinês se pôs de pé”, coroando a vitória da Revolução e o fim de um século de devastação e humilhação trazidos pelas potências coloniais estrangeiras, depois de epopeias como a Longa Marcha e a guerra contra a ocupação fascista japonesa.
72 anos depois, na concretização do sonho do renascimento nacional chinês, a China socialista se tornou a ‘fábrica do mundo’, a maior economia do planeta por paridade de poder de compra e a segunda pelo critério convencional e, ainda, o maior parceiro comercial da maioria dos países.
Concluiu a construção de uma sociedade moderadamente próspera e extinguiu a pobreza extrema; atingiu um nível educacional e científico de ponta e desenvolveu a cultura e o esporte, e se colocou como meta tornar-se um país socialista moderno.
Está a passos largos de dominar a alta tecnologia, da computação quântica à Inteligência artificial, passando pela exploração espacial.
Tudo isso, sem guerras de agressão e sem interferência nos assuntos internos de outros países. Tem sido um país decisivo na contenção da pandemia de Covid-19, especialmente com as vacinas, e no apoio aos países mais pobres afetados. Está desenvolvendo a Iniciativa Cinturão e Rota com dezenas de países, que é o maior projeto de infraestrutura da atualidade. Assumiu um papel de liderança no enfrentamento da questão ambiental. Ampliou a relação estratégica com a Rússia, como garantia da paz no mundo, e tem sido um baluarte na defesa do multilateralismo, da Carta da ONU e das relações ganha-ganha entre os países. Mais: propôs aos povos do mundo trabalhar por uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade,
Na véspera, o Conselho de Estado da China realizou uma recepção no Grande Salão do Povo em Pequim para comemorar a data, com a presença do presidente Xi Jinping e dos dirigentes Li Keqiang, Li Zhanshu, Wang Yang, Wang Huning, Zhao Leji, Han Zheng e Wang Qishan, bem como quase 500 convidados nacionais e estrangeiros. Este ano marca, também, o centenário do nascimento do Partido Comunista da China.
Discursando na recepção, o primeiro-ministro Li assinalou que, sob a liderança do PCCh, a China alcançou um desenvolvimento notável que atraiu a atenção do mundo, especialmente concluindo a construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos e embarcando na nova busca para construir um país socialista moderno.
Observando que este ano é o primeiro no período do 14º Plano Quinquenal da China (2021-2025), Li afirmou que a China, sob a forte liderança do PCCh e do presidente Xi Jinping, coordenou a resposta à epidemia com o desenvolvimento econômico, e tem respondido com efetividade ao complexo e grave ambiente internacional.
O desempenho econômico da China tem desfrutado de recuperação e crescimento sustentados, e o padrão de vida das pessoas continua melhorando, disse Li.
“Em nosso caminho à frente, ainda enfrentaremos muitas dificuldades e desafios, e a jornada para alcançar a meta do segundo centenário [o país socialista moderno] continua longa”, assinalou o primeiro-ministro, enfatizando que “a base e a chave” para superar todos os desafios “é o desenvolvimento”.
Para fomentar um novo paradigma de desenvolvimento e promover um crescimento de alta qualidade, Li chamou a manter o foco na inovação científica e tecnológica, na expansão da demanda doméstica e revitalização rural, apontou a importância de manter o controle de epidemias, e reiterou como política estatal fundamental da China a “reforma e abertura”.
Li destacou a necessidade de melhorar continuamente o bem-estar das pessoas e garantir a estabilidade e prosperidade a longo prazo. Uma série de medidas deve ser tomada para criar mais empregos, promover a igualdade de oportunidades, estimular o empreendedorismo e a inovação e aumentar a renda pessoal urbana e rural, acrescentou.
Li pediu esforços para implementar plenamente os princípios de “um país, dois sistemas” em Hong Kong e Macau, que promovam o desenvolvimento e progresso comuns de Hong Kong, Macau e o continente, salvaguardando a soberania e a segurança.
Li enfatizou a defesa do princípio de Uma Só China e do Consenso de 1992, e instou a promover o desenvolvimento pacífico das relações entre o Estreito e a reunificação nacional para o benefício da população do Estreito de Taiwan.
Li conclamou as pessoas de ambos os lados do Estreito de Taiwan a fazer esforços conjuntos para alcançar o rejuvenescimento nacional, e se opondo a qualquer atividade separatista e interferência externa.
Ao concluir, ele reiterou que a China intensificará o intercâmbio e a cooperação com outros países para enfrentar conjuntamente os desafios globais e promover a recuperação e o crescimento da economia mundial.
A partir deste feriado de sexta-feira, começa também a Semana Dourada, que visa promover o turismo interno e dar mais tempo às visitas de parentes distantes.