Em solidariedade aos palestinos, a atriz israelense, Natalie Portman, recusou o prêmio Gênesis, que é concedido anualmente a judeus que se destacaram em qualquer lugar no planeta.
Natalie, uma das mais afamadas atrizes de Hollywood, nasceu em Israel, migrou com seus pais aos quatro anos de idade para os Estados Unidos e é hoje uma destacada atriz no país, tendo sido agraciada, inclusive, com um Oscar de Melhor Atriz em 2011 pela atuação no filme Cisne Negro e ainda duas vezes indicada ao prêmio (filmes Jackie e Closer).
No dia 19, a atriz declinou do convite para receber o prêmio de US$ 1 milhão concedido pela Gênesis, pois, segundo ela, “não pode em sã consciência participar de qualquer evento público em Israel”, diante de “acontecimentos perturbadores ocorridos recentemente”.
Nas últimas semanas, 30 palestinos morreram e cerca de 1.500 ficaram feridos em um massacre na fronteira da Faixa de Gaza com Israel, quando atiradores postados pelo exército israelense com ordens de atirar nos manifestantes que se aproximavam da fronteira na semana de manifestações denominadas “Marcha do Retorno”. Ela acrescentou que aceitar o prêmio nestas circunstâncias “diante do sofrimento e maus tratos impostos aos outros contradiz os meus valores judaicos”.
Os diretores da organização que concedeu o prêmio declaram-se “tristes com a decisão de Natalie Portman, mas que não contestam o direito dela de rejeitar as políticas de Netanyahu [premiê israelense].”
A atriz declarou ainda que não pode “permitir que um ato seu seja visto como endosso à política de Netanyahu”.
Apesar de deixar claro que “não retira o apoio a Israel”, mas que sua rejeição se refere ao sofrimento imposto aos palestinos, e que “é exatamente por se importar com Israel que se levanta contra a violência, corrupção, desigualdade e abuso de poder”, direitistas no governo e no parlamento israelense investiram contra ela.
“Ela é uma atriz, mas não merece nenhuma honraria do Estado de Israel”, declarou o deputado Oren Hazan que acrescentou: “Liguei para o ministro do Interior Arieh Deri pedindo que rescinda sua cidadania israelense”.
Ou seja, diante do desespero de seu crescente isolamento internacional, os chefes do apartheid israelense, que já proíbem o retorno dos palestinos expulsos pela limpeza étnica de 1948, agora querem restringir a cidadania também aos judeus que não comungam com suas atrocidades contra os palestinos.
Mas a liderança do partido Kulanu (Todos Nós), Rachel Azaria, declarou que “a recusa de Natalie Portman, deve servir de um sinal de alerta, ela, que nunca negou sua condição de judia e de israelense, expressa muitas vozes que se levantam na comunidade judaica norte-americana, em particular na geração mais jovem”.
NATHANIEL BRAIA
Mentecaptos tem em todas as crenças, povos, raças, com os judeus não poderia ser diferente. Natalie pode ser uma excelente atriz, mas, fora do script que recebe para decorar e interpretar, é uma negação, assim como muitos.
Você não vai tentar competir com a camarada Natalie, não é? Porque você não tem a menor chance, considerando os predicados da moça.
Estão até chamando a moça de camarada…
Claro, camarada.