O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foram vaiados na porta de uma Unidade Básica de Saúde de Brasília no final da manhã de quinta-feira (14).
Flávio, filho “01” de Jair Bolsonaro, esteve na UBS 1, na Asa Sul, em Brasília para tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19. O parlamentar estava acompanhado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com carros oficiais e seguranças.
Conforme vídeos publicados por internautas nas redes sociais, o senador foi chamado de “fura-fila”, “miliciano” e “assassino” por pessoas que estavam no local. Também houve gritos de “Fora, Bolsonaro” enquanto os dois estavam no posto de vacinação.
Flávio Bolsonaro foi vacinado com a primeira dose da vacina contra Covid-19 no Rio de Janeiro, em julho.
Mais cedo, Marcelo Queiroga aplicou a dose de reforço no ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O general Augusto Heleno foi vacinado na UBS 2, na Asa Norte.
Enquanto o “01” e o general Heleno tomavam a vacina, Bolsonaro discursava contra os imunizantes e defendia o chamado “tratamento precoce”.
O presidente inclusive prometeu uma “notícia bomba” a favor dos medicamentos sem eficácia contra o coronavírus, conforme diferentes pesquisas científicas, mas sobre os quais ele fez propaganda durante toda a pandemia.
“Está sendo ultimado um estudo aqui com a gente”, disse em entrevista a uma rádio evangélica.
“Centenas de milhares de pessoas poderiam estar vivas se tivessem feito tratamento precoce”, disse. O que não é verdade, pois milhares morreram porque fizeram o tal “tratamento precoce” inutilmente.