Pesquisa da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), em parceria com a EY Brasil (antiga Ernst & Young), realizada junto a 167 gestores de investimentos e realizada dos dias 20 de setembro a 1º de outubro, traz resultados nada estimulantes sobre as projeções do segmento para a economia até 2022.
Segundo o presidente da Abdib, Venilton Tadini, “infelizmente, continuamos com uma grande nuvem de incerteza para 2022, dadas as perspectivas de aumento dos juros, desvalorização cambial, elevado desemprego e inflação, fatores que se somam a um ambiente eleitoral muito incerto”.
Esse sentimento foi detectado na sexta edição de pesquisa semestral feita pela associação.
Os gestores e especialistas que apoiam estruturações de projetos, num total de 40,1%, declararam ver com pessimismo a projeção da economia no fim de 2022. O percentual quase que dobrou em relação aos 22,3% dos pesquisados na rodada anterior divulgada em maio. É o índice mais alto em todas as edições.
A proporção dos que se dizem otimistas com as perspectivas econômicas no fim do mandato presidencial caiu de 34,9% para 23,4% e a fatia dos entrevistados que enxergam o cenário como estável também encolheu de 41,7% para 35,9%.
Os gestores e especialistas afirmam, ainda, que é alto (50,3%) ou médio (38,3%) o impacto da inflação sobre suas próprias empresas.
A crise hídrica, com consequente aumento de custos da energia elétrica, também tem um impacto alto (26,4%) ou médio (33,5%) sobre as próprias empresas dos entrevistados.
Sobre essas duas variáveis, a maioria deles entende que o governo tem administrado as atuais pressões nos índices de preços e a administração da crise hídrica de forma inadequada.