Jornalistas brasileiros foram agredidos e impedidos de fazer perguntas a Jair Bolsonaro por seguranças, no domingo (31). Bolsonaro está em Roma participando da reunião do G20.
As equipes da Folha de S.Paulo, UOL e Globonews foram empurrados e agredidos na saída da embaixada do Brasil em Roma.
Enquanto Jair Bolsonaro discursava para seus apoiadores, a polícia que guarda a embaixada brasileira onde Bolsonaro está hospedado estava empurrando os jornalistas e impedindo que fizessem perguntas.
Depois do discurso, Bolsonaro disse que iria fazer um passeio por Roma. Uma jornalista da Folha andou em direção de onde ele iria passar, mas foi empurrada por um policial italiano. Outros jornalistas também começaram a ser agredidos nesse momento.
Um membro da equipe da Globonews foi empurrado até um carro, onde foi encostado.
Os jornalistas da UOL se aproximaram para filmar a violência, mas também foram agredidos. Um policial torceu o braço de um dos jornalistas e tomou seu celular. Depois, o celular foi jogado em um canto da rua.
Durante todas as agressões, os apoiadores de Bolsonaro puderam continuar perto dele e tirando fotos. A equipe do governo não fez nada para impedir a violência contra os jornalistas.
FLÁVIO DINO E ROBERTO FREIRE REPUDIAM AGRESSÕES
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), se solidarizou com os jornalistas que foram agredidos.
“Minha solidariedade aos jornalistas agredidos em Roma por uma comitiva de arruaceiros que está, mais uma vez, envergonhando o Brasil perante o mundo”.
“Nosso país está cheio de problemas enquanto tal comitiva se dedica a passeios e arruaças de rua em capital de outro país. Absurdo”, publicou em suas redes sociais.
O ex-senador e presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que “as agressões de Bolsonaro e seus seguranças à imprensa não respeitam a liberdade democrática e óbvio fronteiras também”.