O desemprego na Região Metropolitana de São Paulo, a mais desenvolvida do país, aumentou de fevereiro para março e agora atinge 1,860 milhão de pessoas. Com isso, a taxa de desemprego total medida mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) cresceu de 16,4% para 16,9% – o que representa um acréscimo à fila do desemprego de 59 mil pessoas apenas de um mês para o outro. Resultado da eliminação de 36 mil postos de trabalho e do acréscimo de 23 mil pessoas à força de trabalho da região.
É mais uma demonstração de que a economia continua patinando no fundo do poço. O nível de ocupação diminuiu 0,4% e o contingente de ocupados foi estimado em 9,146 milhões de pessoas.
A taxa de desemprego total calcula o “desemprego oculto” – quando a situação de desemprego está encoberta pelo trabalho precário (os chamados bicos) ou pelo desalento (quando não houve procura de trabalho nos últimos 30 dias, mas sim nos últimos 12 meses anteriores à entrevista) e pelo “desemprego aberto” (pessoas que procuraram trabalho nos últimos 30 dias e não exerceram nenhum trabalho nos últimos sete dias anteriores à entrevista).
O Dieese aponta que o desemprego oculto cresceu de 3,2% em fevereiro para 3,3% em março. O desemprego aberto passou de 13,2% para 13,6%.
Entre os principais setores da economia pesquisados, destaca-se a o número de empregos perdidos na indústria de São Paulo e região: foram 15 mil vagas fechadas de um mês para o outro, um recuo de -1,1%. Na construção, foram 39 mil postos a menos – queda de -6,3% no número de trabalhadores do setor na região. O setor de serviços encerrou 31 mil postos, ou queda de -0,6%. O comércio foi o único setor que gerou emprego, 30 mil.