Os médicos e funcionários do Hospital Florianópolis entraram com uma ação na Justiça do Trabalho para denunciar a Organização Social (OS) SPDM, que não efetuou o pagamento de seus salários referentes a janeiro e fevereiro.
O Hospital passou a ser gerido pela OS em 2014 e, a partir de então, houve falta de medicamentos, suspensão de cirurgias e atraso nos salários. Em fevereiro, após dois meses sem o recebimento do salário, os funcionários do hospital entraram em greve e acionaram a Justiça a partir dos Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC) e do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde (Sindsaúde).
É a esse tipo de gestão, absolutamente sem compromisso com seus funcionários ou com aqueles que necessitam dos serviços prestados, que a Prefeitura de Florianópolis está implementando a partir do Projeto de Lei 17.484/2018. O PL foi aprovado na Câmara no último sábado (21) e permite que a administração desses setores seja feita por OS’s.
Tendo acontecido o calote, a Justiça determinou que o Governo do Estado deve repassar R$ 2,7 milhões para a SPDM, para que essa realize o pagamento dos salários.
No final de fevereiro, a Secretaria de Saúde de Santa Catarina decidiu por romper o contrato, mas logo assinou com outra OS, o Instituto Ideas.