O Partido Liberal do Chile e a Plataforma Independente Nuevo Trato saudaram a chegada de Gabriel Boric, da coalizão Aprovo Dignidade, ao segundo turno, mas criticam, em carta pública, aquilo que consideram poucos esforços de sua candidatura no sentido de estabelecer maior unidade das forças democráticas com vistas ao primeiro turno.
Agora, com o risco de retorno do fascismo ao poder com o candidato Kast, admirador de Pinochet, tendo obtido a primeira posição com pouco mais de dois pontos percentuais à frente de Boric, é necessária uma maior dedicação à formação de uma ampla frente em defesa da democracia e dos avanços que devem ser formalizados pela Constituinte. Para as duas correntes, que assinam nota pública, no primeiro turno a busca de unidade foi “subestimada e negaceada”.
Ao declararem seu apoio a Boric no segundo turno, destacaram, por twitter, que “frente ap segundo turno, nós do PL e do Nuevo Trato apoiaremos a Gabriel Boric. Hoje o compromisso é com a democracia e o cuidado com ela. O momento exige de nós que estejemos à altura”.
Segue a nota:
O Partido Liberal do Chile, junto com a Plataforma dos Independentes do Nuevo Trato felicitamos a Gabriel Boric e a coalizão Aprovo Dignidade por passarem ao segundo turno presidencial. No entanto, nos preocupa o resultado obtido pelas forças que buscam retrocessos. Vemos com frustração o resultado eleitoral, sobretudo quando recordamos os distintos momentos em que a unidade da oposição foi subestimada, negaceada e desfeita. Agradecemos a Yasni Provostipor seus esforços. Sua candidatura demonstra que as mudanças devem considerar a todos e todas, os que estão a favor de sua totalidade, os que são em parte contra.
Esperamos que Aprovo Dignidade possa avaliar na devida medida resultado obtido, não podemos faltar a tantos chilenos e chilenas que querem um país sem desigualdade e mais justo.
Na qualidade de forças políticas progressistas apoiaremos a candidatura de Gabriel Boric; não podemos permitir que as forças conservadoras apaguem o que nos custou tanto construir.
Hoje a democracia está em perigo e não é o momento para mesquinharias