Os trabalhadores dos Correios conquistaram uma importante vitória esta semana: reposição salarial de 9,75%, vale alimentação e refeição, o restabelecimento do adicional de 15% aos sábados, além de outras reivindicações da categoria, segundo informações da Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios).
A vitória aconteceu depois de grande mobilização e luta da categoria, tanto na questão salarial e preservação de direitos, como contra a privatização dos Correios, que tem mobilizado intensamente os trabalhadores da estatal.
A conquista, contrária ao desejo da direção bolsonarista dos Correios, também só foi possível depois do julgamento do acordo coletivo pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que votou pelos trabalhadores.
“As diretorias da FINDECT (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios) e dos Sindicatos filiados tinham a expectativa de que os Ministros do TST fariam a justiça valer e que os trabalhadores seriam beneficiados e a direção da empresa e o governo Bolsonaro punidos pelo jogo sujo que fizeram nessa Campanha Salarial”, afirma a FINDECT.
A entidade afirma ainda que essa vitória só ocorreu “por conta da confiança dos trabalhadores nos sindicatos e na luta e resistência da categoria que se manteve firme desde o início das negociações contra as propostas de banco de horas e zero reajuste”.
“Por isso é preciso manter a mobilização permanente. Nunca se sabe as maldades que podem sair da cabeça de dirigentes direcionados a ampliar a exploração do trabalho, obedecer ao governo e favorecer bancos e empresários privados”, diz a nota da Federação.
Além da reposição salarial de 9,75%, retroativo a agosto de 2021; reposição de 9,75% nos vales alimentação e refeição, também retroativo a agosto de 2021, e o restabelecimento do adicional para o trabalho aos sábados, o acordo garante também acesso dos dirigentes sindicais às dependências da empresa para dialogar com os trabalhadores; comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA); não ao banco de horas, como queria a direção dos Correios, e manutenção de todas as Cláusulas do último dissídio.