Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, nesta sexta-feira (27), que a bandeira tarifária será amarela em maio. Isso significa que, no próximo mês, as contas de energia voltam a ter a cobrança extra que, neste caso, será de R$ 1 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia consumidos. O que não acontecia desde janeiro.
Composto por bandeiras nas cores verde, amarela e vermelha (patamar 1 e 2), o sistema de bandeiras foi criado para cobrar dos consumidores custos mais elevados na geração de energia elétrica, principalmente pelo uso de termoelétricas.
Vale ressaltar que este sistema não alivia, em momento algum o valor da conta paga pelos brasileiros, no máximo, quando a bandeira está na cor verde, não há uma cobrança extra. Qualquer tipo de redução não existe.
O governo afirma, desde a criação das bandeiras tarifárias, realizada por Dilma, que a falta de chuvas e o baixo volume de águas nas hidroelétricas, cria a necessidade de acionar as termoelétricas, cujo custo de geração de energia é mais elevado. Porém não existiu nenhum tipo de planejamento para o setor, nem de investimento em novas geradoras de energia.
Para o governo a solução tem sido simples, transmitir ao consumidor este custo mais elevado, mesmo autorizando aumentos na distribuição de energia, realizada em sua imensa maioria, e nas maiores cidades, por empresas privadas. Ao povo fica o alto custo e baixa qualidade nos serviços e aos empresários grandes lucros.
A série de aumentos nas tarifas de energia que está sendo promovida pelo governo Michel Temer (PMDB) já atingiu mais de 65% da população brasileira, apenas nos últimos seis meses. Os aumentos autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegam a 38,6%.
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