“O grande traidor desse país se chama Jair Messias Bolsonaro. Ele destruiu quase todas as instituições por onde teve alguma atuação mais intensa”, acrescentou
O general Santos Cruz (Podemos), ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo, criticou duramente, em entrevista ao UOL, nesta quinta-feira (2), o que ele caracterizou como estelionato eleitoral de Jair Bolsonaro. “Não tem ingenuidade, tem ‘sem-vergonhice’, afirmou o militar ao ser questionado se Bolsonaro teria sido ingênuo ao prometer uma coisa na campanha e não ter feito.
Ventilado como pré-candidato ao Senado nas eleições do próximo ano, o general Santos Cruz afirmou que a tendência é disputar alguma vaga no Congresso. “O grande traidor desse país se chama Jair Messias Bolsonaro. Ele destruiu quase todas as instituições por onde teve alguma atuação mais intensa. Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Saúde…Toda instituição onde ele colocou a mão”, assinalou.
Ele continuou falando sobre o comportamento de Bolsonaro depois que foi eleito. “Prometer uma coisa, e depois não fazer. Você não pode considerar um parlamentar que tinha 28 anos de Câmara tinha ingenuidade ao prometer isso”, acrescentou o general. Santos Cruz defendeu que as políticas públicas possam ter a participação de parlamentares.
“Não tem problema nenhum que um deputado queira se reeleger lá na região dele, Isto é absolutamente normal. Se ele trabalha bem com políticas públicas não tem problema que ele faça propaganda dessa política, desde que o benefício chegue para a população”, prosseguiu.
Na opinião de Santos Cruz, “o que é necessário é evitar os desvios”. “Que o Estado otimize o uso do dinheiro com transparência absoluta”, defendeu. “A imprensa tem que ser investigativa, hoje tem mais a mídia social que pode ajudar muito. A mídia em que ter acesso desde o início, desde o planejamento, tem que fazer o acompanhamento de tudo. A comunidade local tem que saber quanto foi enviado para cada cidade, o que é para fazer, quanto vai custar. A imprensa tem que ficar em cima a sociedade também”, argumentou o general.
Ele ironizou a afirmação do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, aquele que defendeu acabar coma legislação ambiental para “passar a boiada”, de que Sérgio Moro era comunista. Sales disse isso durante sua participação num programa da Jovem Pan. “Não tem sentido nenhum. Quem falou isso, nem sabe o que é comunismo, não tem nem ideia do que está falando. Estão caçando comunista ainda como na década de 60”, afirmou.