O Departamento de Segurança Interna dos EUA negou visto de entrada à renomada bailarina russa, Olga Smirnova, e ao dançarino italiano, Jacopo Tissi, ambos da companhia de dança do Teatro Bolshoi. A medida impediu a apresentação de Olga, primeira bailarina do Bolshoi, no teatro Lincoln Center, em Nova Iorque, que seria realizada na segunda-feira (23).
O evento foi organizado por Linda Morse, chefe da escola de balé “Youth America Grand Prix”, com sede em Nova Iorque e responsável por uma das mais importantes competições de balé do mundo. “Eu não entendo”, afirmou Morse. “Uma interpretação possível é que foi por motivação política. Essa é a minha reação instintiva. Mas não consigo entender por quê. Outra possibilidade é o fato de eles serem russos”.
Ainda indignada, ela arrematou: “Isso não faz sentido. É muito preocupante. Se você pensar apenas na história do balé, mesmo na pior fase da Guerra Fria, os membros do Bolshoi e do teatro Kirov vieram para cá”.
O Ministério das Relações Exteriores russo também condenou a decisão. “As forças com influência nos EUA, dispostas a pressionar ainda mais a Rússia, não se limitam a nada. Estão tentando impedir que os americanos tenham contato com os russos. É uma espécie de ‘muro de vistos’, como dissemos antes, e busca impossibilitar as viagens de nossos cidadãos para os EUA”.
Embora a apresentação estivesse sendo organizada e divulgada há algum tempo, a negativa dos EUA para a entrada dos artistas veio a público apenas no dia 18, quando o Departamento de Segurança Interna divulgou uma nota em seu site: “No dia 10 de abril de 2018, negamos a petição de visto de entrada para trabalho”.
