
As vendas do comércio varejista caíram 0,1% em outubro, na comparação com setembro, segundo dados divulgados na quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a terceira queda consecutiva. Na comparação com outubro do ano passado, houve tombo de 7,1%.
A média móvel trimestral, com ajuste sazonal, recuou 1,8% no trimestre encerrado em outubro.
Um resultado abaixo das expectativas e é o terceiro mês seguido de variações negativas. A média móvel trimestral, também com ajuste sazonal, recuou 1,8% no trimestre encerrado em outubro.
Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista caiu 7,1% frente a outubro de 2020. Nas comparações interanuais dos meses anteriores de setembro e agosto a variação negativa se repetiu respectivamente em 4,1% e 5,2%.
O setor ainda acumula crescimento de 2,6%, no entanto, em 12 meses até outubro esse percentual ficou menor do que o acumulado de 3,9% dos 12 meses imediatamente anteriores, havendo, portanto, uma perda de fôlego nas atividades.
Mesmo na avaliação de analistas do mercado financeiro, tão beneficiados pela política econômica em curso, o resultado mostra que o 4º trimestre começou mal e reforça a perspectiva de desaceleração.
Com esse resultado, o varejo encontra-se 0,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020
No comércio varejista ampliado o volume de vendas de outubro recuou 0,9% sobre setembro. A média móvel do trimestre encerrado em outubro foi de -1,7%. O varejo ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, acumula ainda alta de 6,3%, em 2021 e em 12 meses registram uma variação de 5,7%.
A Pesquisa Mensal de Comércio de outubro é mais um indicador das sérias dificuldades que atravessam a economia nacional com uma inflação na casa dos dois dígitos colocando alimentos, combustíveis e energia elétrica num patamar de preço que corrompe o orçamento das famílias.
A produção industrial registrou recuo de 0,6% em outubro. É o quinto mês consecutivo de queda, acumulando nesse período perda de 3,7% no ano. O setor de serviços continua patinando e a resultante que temos são dois trimestres de crescimento negativo de Produto Interno Bruto (PIB) e o país em recessão técnica.
Uma recessão real com milhões de desempregados, outros tantos vivendo de bico, desalentados, queda de renda das famílias, aumento do endividamento, falta de comida na mesa de 19 milhões de brasileiros e o Bolsonaro, ainda de mãos dados com o coronavírus, negligenciando na exigência do passaporte vacinal.
Em outubro, com exceção dos segmentos de produtos de “Farmácia, Médicos, Ortopédicos e Perfumaria”, de “Materiais de Construção” e de “Artigos de Uso Pessoal e Domésticos”, os outros sete segmentos ficaram com vendas inferiores a fevereiro de 2020, quando fomos abalados pela pandemia.
O segmento de alimentos incluindo hiper e supermercados mais bebidas, em que pese a concentração de recursos das famílias nesse segmento em detrimento de outros, ainda assim, permaneceu 0,2% inferior ao volume pré pandemia.
“Tecidos, Vestuários e Calçados” e “Móveis e Eletrodomésticos” com as vendas em outubro menores em 5,2% do que fevereiro de 2020, entre outros, como “Livros, jornais, revistas e papelaria” atingindo área da cultura num percentual tão mais negativo de 38%.
São dois anos com crescimento econômico comprometidos, depois de outros ruins, inclusive recessivos, e o pior, com uma política econômica desastrosa, que é mais do mesmo, com o Copom aumentando ontem a Selic, taxa básica da economia, a 9,25% ao ano, uma da maiores taxas de juros reais no mundo, detonando o investimento e a dívida pública para os afortunados rentistas, com Guedes à frente nos levando à beira do abismo.