Em campanha eleitoral, Lula voltou a falar e prometer coisas que, quando está no governo, não faz – ou faz o contrário do que prometeu. Em comício na frente da sede da Petrobrás, no Rio, terça-feira (3), disse que tem “orgulho da Petrobrás” – e jurou que fez mais pela estatal. Pelo que disse, fez mais por ela do que o presidente Getúlio Vargas, que a criou…
Dizer uma coisa, e, no governo, fazer outra, é a praxe do PT. Foi sob Lula – e com sua participação decisiva, caso contrário seria impossível – que a Petrobrás foi envolvida por um cartel de empreiteiras que a saqueou, passando propinas para Lula, para o PT, para o PMDB e para o PP. O Clube do Bilhão, com a Odebrecht à frente, era, exatamente, a política do governo Lula para a Petrobrás. Que não tenha sido somente esta a política para a Petrobrás – devido, sobretudo, a diretores da estatal que não permitiram que isso acontecesse – em nada diminui o fato de que a Petrobrás foi assaltada e a corrupção se tornou a regra entre os partidos governistas, através de propinas com o dinheiro roubado do povo brasileiro, que é o proprietário da empresa.
Além disso, Lula apoiou inteiramente Dilma, quando esta, em outubro de 2013, entregou 40% de Libra, o maior campo de petróleo do mundo, no pré-sal, descoberto pela Petrobrás, para a Shell e a Total.
No mais, o discurso de Lula foi uma viagem. Ele se comparou a Getúlio, Juscelino e Tiradentes, personagens da nossa história jamais festejados pelo PT. Revelou que não pertence mais ao mundo material, pois “o Lula é uma ideia assumida por milhões de pessoas”. E disse que “Deus me abençoou e sabe que eu vou vencer”. Provavelmente, deve ter conversado com o Todo-Poderoso.
Porém o mais hilário foi quando disse: “já provei minha inocência”.