
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para que a prisão preventiva do caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, seja mantida. A defesa dele havia pedido um habeas corpus.
Porém, em julgamento no Plenário Virtual, o colegiado atingiu o quórum necessário para negar o agravo apresentado pela defesa do youtuber bolsonarista, seguindo o voto apresentado pelo relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso.
Em seu voto, o ministro apontou que a defesa de Zé Trovão “não trouxe novos argumentos suficientes para modificar a decisão” anterior.
As ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia acompanharam Barroso e o ministro Alexandre de Moraes declarou-se impedido. O ministro Dias Toffoli ainda não registrou seu voto. O julgamento virtual começou em 3 de dezembro e deve se encerrar até esta sexta-feira (10).
Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), Zé Trovão ficou conhecido como um dos principais líderes e organizadores das manifestações antidemocráticas e golpistas do último 7 de Setembro. Ele é investigado por incitar atos criminosos e violentos no feriado da Independência do Brasil.
Nos autos do Inquérito 4.879, em que se apura a organização dos atos que culminaram com as manifestações nas quais Bolsonaro ameaçou as instituições e insultou magistrados do Supremo, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão de Zé Trovão, que chegou a fugir para o México.
O agitador golpista acabou retornando ao Brasil e se entregando à Polícia Federal.