Nesta quarta-feira (2), os Servidores Públicos Estaduais do Pará darão início à greve unificada da categoria, que tem como pauta central reajuste e reposições salariais. A greve foi aprovada na última quinta-feira (26) em assembléia.
A categoria vem sofrendo perdas salariais devido à falta de reajustes e aos congelamentos – somente nos últimos três anos, a perda atinge 18%. Portanto, os servidores reivindicam um reajuste de 30% imediato. A pauta foi entregue à Secretaria de Administração do Estado (Sead) em março, mas a contraproposta atinge somente 3%.
Os trabalhadores da educação do estado, organizados no Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintepp), estão participando da greve unificada. No caso deles, especificamente, a reivindicação é que o estado deve cobrir o Piso Nacional Salarial, que hoje está em R$ 2455,35 por 40 horas semanais, mas não cumpre. Em audiência do pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE-PA), foi decidido a favor dos docentes, garantindo a eles o direito ao piso.
Em nota divulgada pela internet, o Sintepp comemora a vitória e comenta o caso. “Na audiência do Tribunal a postura da PGE (Procuradoria Geral do Estado) foi vexatória. Na sina de sustentar erraticamente que já paga o piso, o governo conseguiu novamente se superar. O representante do Estado não só afirmou que já pagam o Piso, por conta da gratificação de escolaridade, como questionou a gratificação de magistério, dizendo que se fizemos concurso para sermos professores, não tínhamos que receber esta gratificação”.
O governador Simão Jatene (PSDB) foi cassado pela Justiça por abuso de poder, e só se mantém no cargo por causa dos recursos que apresenta. O tucano utilizou R$ 56 milhões em compra de votos por meio do programa Cheque Moradia.