
As duas “férias” se dão em plena crise com as ameaças do ômicron, as crianças sem vacina, as enchentes na Bahia e Minas, a explosão da inflação e do desemprego, mas nada disso interessa ao desocupado
Nós teríamos que analisar mais detidamente cada um, desde 1889, mas ao que tudo indica, nunca se viu um presidente da República tão displicente e irresponsável quanto Jair Messias Bolsonaro. O Brasil vivendo problemas gravíssimos, inflação em disparada, desemprego explodindo, o ômicron nos rondando, crianças sem vacina, regiões com enchentes e calamidades, e onde estava o presidente? Dançando funk nas praias do Guarujá.
Tudo bem, alguém pode dizer que é direito dele tirar férias. É verdade. Mas, convenhamos, ele viveu esse tempo todo praticamente de férias. Se não vejamos. Motociatas quase semanais, churrascos, passeios de barco, mergulhos, comícios, tapinhas nas costas, aglomerações, etc. Mesmo no auge da pandemia, não se viu o presidente visitando um hospital sequer. No exterior então, suas viagens só serviram para se divertir, porque ninguém queria conversar com ele. Todos queriam distância.

Mas agora, a notícia que mais revela o quanto o “capitão cloroquina” está se lixando para os problemas do país e de seu povo, é que ele resolveu emendar as “férias” do Guarujá com novas “férias”, agora em Santa Catarina.
Na semana que antecedeu o Natal, ele apareceu dançando funk numa lancha em plena segunda-feira, quando o Brasil inteiro estava trabalhando. O povo no batente e o presidente rebolando numa lancha no Guarujá. Uma cena patética e desrespeitosa com o povo brasileiro. E, como ninguém é de ferro, o desocupado decidiu emendar outras férias e vai viajar direto para passar o réveillon em São Francisco do Sul, no litoral de Santa Catarina.
Comprovando que Bolsonaro não governa e só faz turismo, esta será a terceira vez em pouco mais de um ano que ele se hospeda na cidade turística catarinense. No ano passado, ele foi ao município pescar com amigos na época do Natal. E retornou em fevereiro deste ano no feriado do Carnaval – que não ocorreu por conta da pandemia da Covid-19.
Se alguém toca no assunto de trabalho com ele nessas horas, a resposta é uma patada, como fez com vários jornalistas. Recentemente até agressões de seus seguranças a alguns deles ocorreram.

Em suma, foram três as marcas da passagem de Bolsonaro pelo Planalto, além dos rompantes ditatoriais e ataques à democracia. Usufruiu das mordomias para curtir a vida com dinheiro alheio. Só de motociatas foram gastos R$ 5 milhões, segundo o Tribunal de Contas da União. Outra de suas marcas foi o desmonte de toda a estrutura de combate à corrupção no país, a começar pelo Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras).
Até aparelhar a PF ele tentou para se proteger e abafar investigações das rachadinhas dos filhos “01′ e “02”. Tudo para apregoar que, em seu governo, não há corrupção. Só que, na verdade, o que não há é investigação de corrupção. Todo mundo que investiga é perseguido.
Mas o que mais marcou mesmo o desgoverno Bolsonaro, e isso é praticamente uma unanimidade, foi a defesa intransigente que ele fez do coronavírus durante todo esse tempo de pandemia. Um batalhador incansável pela disseminação do vírus que matou mais de 616 mil brasileiros.
Biden também: “Biden diz a governadores que “não há solução federal” para o Covid, que deve ser “resolvido em nível estadual” e viaja para casa de praia em Delaware para relaxar no fim ano.”. Quero ver criticarem um presidente dito “progressista” de irresponsável também.
Se existe algo que fazemos aqui é criticar o Biden, que tem muito pouco de progressista, exceto não ser o Trump. O que em nada absolve Bolsonaro de seus crimes – ou a estupidez de seus seguidores, que nem sabem ler o nosso jornal.
Excelente resposta. Esse povo é lunático. Mas o fim desse desgoverno está próximo, com fé em Deus com Ciro Gomes presidente.