Ao afirmar que a Rússia nem a Síria aceitarão “as manobras norte-americanas para entorpecer a luta contra o terrorismo”, Lavrov alertou que qualquer ataque partindo das nesgas onde estão agora localizados bandos terroristas sob guarda-chuva norte-americano será respondido à altura.
“Temos contatos com o Pentágono e o Departamento de Estado e lhes informamos que se, desde as zonas onde se encontram seus ‘amigos’ na Síria, tentarem impedir as ações antiterroristas, haverá resposta”, advertiu o ministro.
Lavrov também acusou, no dia 4, os Estados Unidos de provocar incidentes capazes de por en perigo a vida dos militares de seu país na Síria.
É preocupante a tática dos EUA e aliados na Síria, afirmou Lavrov, cujas declarações coincidiram com o anúncio do Ministério da Defesa sobre a liquidação de um posto de comando central do grupo terrorista Jabhat An Nusra, bando execrado mundialmente ao postar vídeos de seus integrantes a comer fígados de sírios.
Lavrov deixou claro que “esta política norte-americana de aplicar duplas avaliações, dividir terroristas em bons, maus e não tão maus, ao negar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a luta anti-terrorismo, será difícil falar em efetividade desta luta”.
O ministro russo informa que do setor ocupado pelos EUA e seus “aliados” partem ataques ao exército sírio – que está de fato combatendo, junto com a Rússia,o terrorismo no país – ataques os quais estas forças afirmam que foram “inadvertidos” mas que parecem coordenados com o Estado Islâmico que os aproveita para atacar posições do exército sírio que avança para dominar toda a região de Deir Ezzor e passar a atuar na libertação de Raqqa.
“A nossa participação na luta contra formações terroristas, incluindo o EI, na Síria, reponde não apenas aos interesses de nossa segurança nacional, mas também à necessidade de fortalecer a estabilidade regional e mundial”, sublinhou.
“Deixo claro”, concluiu o chanceler russo, “que não preciso detalhar mais para dizer que, para os sírios e para os que pugnam pelo Direito Internacional, a força comandada pelos EUA Não é um visitante bem-vindo na região oriental”.