O ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, é acusado de receber subornos no valor de R$ 173 milhões em obras da Prefeitura de São Paulo. Com sua provável condenação, Paulo Preto terá batido o recorde de desvios de dinheiro durante a gestão Kassab (PSD).
Esses valores foram revelados a partir de depoimentos de colaboradores da Odebrecht, como Carlos Armando Paschoal e Roberto Cumplido, ex-diretores da empreiteira. O total das obras do pacote custaram R$ 3,45 bilhões, de acordo com dados da SP Obras, órgão da Prefeitura de São Paulo, e da Dersa, empresa de infraestrutura rodoviária do governo paulista. “Foi uma farsa bem montada”, disse Carlos Paschoal, diretor da Odebrecht em São Paulo, em seu depoimento (ver vídeo abaixo) de colaboração premiada ao Ministério Público, referindo-se ao acordo com Paulo Preto e ao direcionamento da licitação para a empreiteira obter as obras na gestão Kassab.
Segundo os depoimentos dos executivos, Paulo Preto exigia uma propina de 5% sobre qualquer pagamento feito até 2015 para o pacote de obras chamado Sistema Viário Estratégico Metropolitano, que inclui as obras da Nova Marginal Tietê e Complexo Jacu-Pêssego. Das sete obras compostas no plano original, o prolongamento da Avenida Cruzeiro do Sul não saiu do papel, e o túnel Roberto Marinho foi iniciado, porém interrompido.
Todas essas obras de onde saíram as propinas relatadas foram contratadas entre 2008 e 2011, na administração do então prefeito, Gilberto Kassab (PSD), atual ministro da Ciência e Tecnologia de Temer. Antes de ser ministro de Temer, Kassab foi Ministro das Cidades do governo Dilma Rousseff (PT).
Paulo Preto foi diretor de engenharia da Dersa no governo de José Serra (PSDB), entre 2007 e 2010. Ele foi preso pela Polícia Federal no dia 6 de abril, sob acusação de ter desviado R$ 7,7 milhões da obra do Rodoanel. Com o argumento de que possuía experiências em grandes obras, a gestão Kassab decidiu entregar à Dersa, as duas obras: O complexo Jacu-Pêssego, que custou R$ 1,47 bilhão, e a Nova Marginal Tietê, que custou R$ 937,2 milhões.
Os executivos da Odebrecht garantem que Paulo Preto fazia os acordos com as cinco maiores empreiteiras do país para dividir o pacote de obras. Nesse grupo estavam a Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS e Queiroz Galvão. Foram projetos desengavetados, no ano eleitoral, para gerar propina, admitiu o diretor da Odebrecht no depoimento.
Do total pago pelas seis grandes obras da gestão Kassab, que foi de R$ 3,46 bi, o valor das propinas que foram desviadas por Paulo Preto chegaram a R$ 173 milhões. Paulo Preto está preso no Cadeião de Pinheiros desde o dia 6 de abril, após a ação da Polícia Federal desencadeada pela força-tarefa do Ministério Público Federal em São Paulo.
Veja no vídeo abaixo um dos depoimentos de Carlos Paschoal, executivo da Odebrecht, contando a atuação de Paulo Preto durante a gestão de Kassab na obtenção de propina em obras bilionárias da Prefeitura de São Paulo.
“hoje eu me pergunto por que eles querem tanto dinheiro?”. Se eles têm um recebimento de salário abundante, por que eles não param de pensar em roubar e começam a investir?
O Paulo Preto, vai entregar o Serra e os outros propineiros do PSDB, ou mais uma vez vai ficar como foi na Privataria Tucana onde rolaram milhões em propina e nada foi apurado. Será que com a propina paga aos Tucanos naquela época dava para comprar alguns Triplex e Sítios, nada se sabe porquê contra os componentes deste partido (PSDB), nada é investigado. Certamente se o presidente em 2016, fosse o Fernando Henrique o tal de FHC, não haveria impeachment, porquê os canalhas da Câmara e do Senado e de outros órgãos deste bicheira que é esta república, não se rebelariam como foi o caso do Eduardo Cunha que controlava os votos de vários canalhas.
Você acha mesmo que contra o PSDB “nada é investigado”? Então, sobre que é esta matéria? Quanto à Eduardo Cunha, ele apoiou a Dilma na eleição de 2014 – e era o candidato do Lula a presidente da Câmara, quando a Dilma resolveu lançar o Chinaglia. Mas, realmente, existia um peemedebista mais próximo do PT, nessa época: o Temer.