Funcionários do Poder Judiciário aprovam adesão à mobilização no próximo dia 18, em frente ao Ministério da Economia
O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União (Sindjus-DF), anunciou, nesta quinta-feira (13), que aderiu ao calendário de mobilizações em defesa dos reajustes salariais para todo o funcionalismo.
“Nossa luta é por dignidade, respeito e isonomia. É inadmissível e extremamente condenável a política de congelamento salarial que vem sendo imposta pelo governo aos servidores, ainda mais diante de uma inflação galopante que corrói salários e direitos e destrói o poder aquisitivo de todos”, afirma o coordenador-geral do Sindjus-DF, Costa Neto.
Os servidores do Judiciário juntam-se, assim, ao calendário proposto pelo Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que já conta com a adesão de diversas categorias do funcionalismo. Algumas categorias, como os auditores-fiscais da Receita Federal, comandados pelo Sindifisco, estão promovendo também a entrega de cargos comissionados.
O calendário de ações conta com um primeiro Dia Nacional de Mobilizações, no próximo dia 18, com dois atos marcados: às 10h, em frente ao Banco Central e às 14h, na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Ministério da Economia. Há, ainda, a possibilidade de uma greve do funcionalismo.
O movimento dos servidores públicos é em repúdio à tentativa do governo Bolsonaro de fazer campanha eleitoral com o Orçamento de 2022, ao conceder reajuste somente às carreiras policiais em busca de fortalecer sua base para o pleito deste ano. Os trabalhadores buscam o reajuste para todo o funcionalismo, que já acumula perdas salariais de quase 30%.
“Inúmeras carreiras do serviço público acumulam defasagens altíssimas e estão há vários anos sem qualquer tipo de reposição salarial. No Poder Judiciário e MPU, a defasagem acumulada já supera a casa dos 50%. Todos nós estamos reféns da inflação e merecemos atualização salarial. O governo há muitos anos vem atentando contra o serviço público e apostando na nossa fragmentação, por isso é tão importante defender a unidade. Juntos, somos mais fortes. Uma carreira forte é uma carreira valorizada”, defendeu Costa Neto.