O ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou não ver “a menor chance” da sigla apoiar o ex-governador Geraldo Alkcmin (sem partido) como vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Nós não vamos deixar uma pessoa do gabarito de Geraldo Alckmin se filiar sonhando com algo que possa não acontecer. Ele é muito qualificado, mas não vejo a menor chance dele ser vice do Lula pelo PSD”, disse Kassab.
O PSD é uma das legendas que estão negociando a filiação de Alckmin desde que ele deixou o PSDB, após 33 anos no partido, pensando nas eleições de 2022.
Sobre a possível chapa Lula-Alckmin, o presidente do PSD manifestou ser contrário à celebração de coligações nas eleições majoritárias.
“Eu sou contra a coligação nas eleições. Trabalhei para que a gente acabasse com as coligações nas eleições proporcionais. E se a gente tivesse acabado com as coligações nas eleições majoritárias, a gente não estaria vivendo esse processo. Nós estaríamos discutindo propostas de governo, compromisso com a nação”, opinou.
Kassab espera a confirmação do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), sobre provável candidatura à presidência da República pelo partido.
O presidente do partido afirmou, ainda, que, para a próxima legislatura no Congresso Nacional, será contrário à permanência das emendas de relator, que deram origem ao chamado orçamento secreto, esquema espúrio usado por Jair Bolsonaro para comprar apoio parlamentar a projetos do governo.
“Como é que pode você, como brasileiro, aceitar que o Congresso invista, gaste, mais de R$ 16 bilhões, no tal do orçamento secreto, que não tem nenhuma vinculação com o planejamento, o desenvolvimento do país? Alguma coisa está errada”, disse.