Apenas 1.880 integrantes da FAB, de um total de 66.442 militares da ativa, seguiram a orientação de Bolsonaro e se posicionaram contra a vacinação. Segundo o site da Força Aérea, 65% já completaram as duas doses
Ao contrário do que foi noticiado nesta segunda-feira (17), a maioria esmagadora dos militares da Força Aérea Brasileira (FAB) tomou a vacina contra a Covid-19. Dos 66.442 militares da ativa, 35.723 terminaram 2021 com as duas doses da vacina, 25.618 com a primeira dose e 775 com a dose única. A dose de reforço foi aplicada em 544 militares da FAB.
Ou seja, 61.341 iniciaram o esquema de vacinação. Em artigo publicado no seu site, a FAB informou que 93% do efetivo terminou 2021 com a primeira dose do imunizante, e 65% com duas doses ou vacinas de dose única. Apenas 1.880 militares da FAB seguiram a orientação negacionista de Bolsonaro e se posicionaram contra a vacinação obrigatória. Esses 1.880 membros da FAB tiveram que assinar um termo em que assumem a responsabilidade por não se imunizarem.
A Força Aérea Brasileira liberou o retorno de não vacinados ao trabalho presencial, mas com a condição de que os militares que não querem se imunizar assinassem o termo de recusa de vacinação. Publicação da FAB informa que 13.658 militares da ativa contraíram a COVID-19, o que representa cerca de 20% do efetivo total da Aeronáutica.
No início de janeiro deste ano, o Comandante do Exército, Paulo Cesar Nogueira de Oliveira, divulgou uma circular interna determinando que todos os militares do Exército que retornassem ao serviço presencial deveriam comprovar a vacinação e manter os cuidados como uso de máscara, manter distanciamento físico e garantir higienização adequada das mãos.
O documento, intitulado “Diretrizes do Comandante do Exército para a Prevenção e Combate à Pandemia de Covid-19 e Manutenção do Nível de Prontidão e Operacionalidade da Força Terrestre”, orienta também os militares sobre a não disseminação de notícias falsas dentro da tropa.
Num dos itens que trata do assunto, o comandante orienta: “Não deverá haver difusão de mensagens em redes sociais sem confirmação da fonte e da veracidade da informação. Além disso, os militares deverão orientar os seus familiares e outras pessoas que compartilham do seu convívio para que tenham a mesma conduta”.