A entrada ilegal de um destróier (navio contratorpedeiro), equipado com mísseis guiados, USS Benfold, dos Estados Unidos, na última quinta-feira (20), nas águas territoriais chinesas das ilhas Xisha, sem a aprovação do governo de Pequim, foi condenada como uma afronta à sua soberania e imediatamente rechaçada militarmente.
“Os fatos demonstram que os Estados Unidos são um verdadeiro criador de riscos à segurança no Mar da China Meridional”, afirmou Tian Junli, coronel da Força Aérea do Exército de Libertação Popular (ELP) da China e porta-voz do Comando do Teatro do Sul, condenando a tentativa de hegemonizar a navegação e militarização de águas alheias.
“Exigimos que os EUA parem imediatamente tais ações provocativas, caso contrário, sofrerão as graves consequências de eventos imprevisíveis. As tropas estão sempre em alerta máximo e tomarão medidas resolutas para salvaguardar a soberania e a segurança nacionais, bem como a paz e estabilidade de seu mar”, acrescentou Tian.
Respondendo à entrada inesperada do contratorpedeiro, o Comando do Teatro do Sul do ELP mobilizou forças navais e aéreas para rastrear e enviou um alerta à embarcação, esclareceu o coronel.
Para o porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, Wu Qian, a presença do contratorpedeiro não é “liberdade de navegação”, como tem sido alegado pelos Estados Unidos, mas um ato que, ao violar a soberania da China, mina a paz e a estabilidade do seu mar. “Os militares chineses lamentam fortemente o ocorrido e se opõem resolutamente ao ato dos Estados Unidos”, destacou Wu, sublinhando que não há espaço para que seja mantido o comportamento hegemônico ostentado pelo navio de guerra militar norte-americano.
Conclamando o bom senso, o Ministério da Defesa chinês pediu que Washington entenda a situação claramente e pare imediatamente com as provocações.