Alexandre Silveira tomou posse na última quarta-feira (2), em substituição a Antonio Anastasia, que renunciou ao cargo para assumir cargo de ministro do TCU. Planalto o cogitou para ser líder do governo na Casa
“É preciso, antes de tudo, reconhecer que o nosso Brasil adoeceu e empobreceu. É uma realidade que não podemos aceitar. Fome, miséria e dor não têm partido. Não é verde, vermelho ou amarelo. É sofrimento. Esse tema, tenho certeza, sensibiliza a todos nós”, afirmou o senador Alexandre Silveira de Oliveira, do PSD de Minas Gerais, no primeiro pronunciamento dele.
“Só a união de todos, independentes, oposição e situação, poderá salvar esse País da vergonha de voltar ao mapa da fome. A gravidade da pandemia de covid-19 e suas consequências exigem de todos nós trabalho, criatividade, esforço e coragem”, acrescentou.
“Prometo, de forma inarredável, lutar para construir uma sociedade mais justa, unida, sólida e fraterna, por meio do diálogo e da conciliação, que devem orientar a democracia e a convivência civilizada”, asseverou o senador.
Ele tomou posse no Senado, na última quarta-feira (2), na vaga deixada por Antonio Anastasia (PSD-MG), que renunciou ao mandato para assumir o cargo de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).
Alexandre Silveira assumiu o mandato cotado para ser o novo líder do governo Bolsonaro no Senado. Todavia, crítico como foi nesse pronunciamento de posse do mandato pode ser preterido pelo rancoroso presidente da República Jair Bolsonaro (PL). O mandato do novo senador termina em 2023.
O PSD manteve a bancada de 11 senadores.
MALES BRASILEIROS
Para o senador, missão dele é buscar soluções para os problemas brasileiros, principalmente os econômicos e os sociais, que acarretam “a assustadora volta da inflação, do desemprego, da fome e da miséria”.
Ele criticou o fato de o País gastar grande parte do Orçamento anual para pagar juros da dívida pública. Segundo ele, o Brasil gasta pelo menos R$ 1 bilhão por dia para rolagem da dívida ou para pagar juros.
MAIS CRÍTICAS AO GOVERNO
Silveira afirmou que políticas econômicas ortodoxas e conservadoras não resolverão os problemas atuais e constatou que não ocorreu a anunciada recuperação em V da economia.
“No País que mais produz e exporta comida é inaceitável ver mães de família revirando o lixo em busca de ossos para alimentar as suas famílias”, criticou.
Por fim, o senador manifestou vocação municipalista, por considerar que as lideranças locais — prefeitos e vereadores —, são os que mais conhecem os problemas reais da população brasileira.