O “zero dois”, que não conseguiu segurar nem o emprego de fritador de hambúrguer nos EUA, diz que engenheiras brasileiras não têm mérito. Herdou do pai a incompetência e o ódio às mulheres
Eduardo Bananinha realmente não gosta de mulheres. Provavelmente, deve ter herdado esse ódio de seu pai, que as agride covardemente sempre que pode. Ele publicou um vídeo em suas redes sociais na quinta-feira (3) livrando os possíveis responsáveis pelo desastre na Marginal Tietê e, de imediato, culpou as engenheiras brasileiras pela abertura da cratera.
“‘Procuro sempre contratar mulheres’, mas por qual motivo? Homem é pior engenheiro?”, indagou o misógino. “Quando a meritocracia dá espaço para uma ideologia sem comprovação científica o resultado não costuma ser o melhor. Escolha sempre o melhor profissional, independente da sua cor, sexo, etnia e etc”, disse o banana no vídeo publicado em seu perfil nas redes sociais.
O Instituto de Engenharia divulgou nota de repúdio ao vídeo que “desmoraliza colaboradoras de empresa que atua nas obras da Linha-6 Laranja do Metrô” e o classificou como um “desserviço à sociedade”. “É inadmissível que esse tipo de mensagem seja compartilhada por qualquer pessoa. É um desserviço à sociedade, à evolução e um verdadeiro desrespeito e discriminação às profissionais envolvidas, quer engenheiras ou não”, afirmou a nota do instituto.
Mesmo a empresa, que é responsável pela obra, respondeu ao ataque misógino com uma nota de repúdio. “A Acciona, como uma empresa que tem o respeito à diversidade como um dos pilares de sua política de ESG, lamenta profundamente o teor dessa videomensagem que circula em redes sociais. A empresa considera o conteúdo misógino e extremamente desrespeitoso com nossas colaboradoras”, disse a construtora.
Até a deputada bolsonarista Janaína Paschoal (PSL-SP) criticou a implicância gratuita do débil mental com as mulheres. “Deputado, o sr é pai de menina. Está sendo injusto com as moças. Vamos aguardar apurar responsabilidades. Quer criticar o Dória? É da Política e da Democracia, mas essa postagem é desnecessária. Lembra quando sua esposa foi desrespeitada e exposta no trabalho? Melhor apagar”, escreveu Paschoal .
Ele não só se recusou a apagar o vídeo com a agressão gratuita às mulheres como insistiu na estupidez dizendo que a deputada tirou do contexto o que ele havia dito e voltou a argumentar que o que interessa é a “meritocracia” e não o sexo.
Há quem diga que essa implicância toda com as mulheres é porque ele tinha uma chefe quando fritava Hambúrgueres nos EUA e não conseguiu se manter no emprego. Aliás, nem mesmo esse “emprego”, que ele jura que teve, está totalmente esclarecido. Segundo a revista IstoÉ, a lanchonete onde ele disse que fritava hambúrguer nos Estados Unidos, a Popeyes, garante que não tem hambúrguer em seu cardápio.
Esta dúvida surgiu quando ele tentou usar em seu currículo para ser embaixador nos EUA, sua passagem misteriosa como fritador de hambúrguer naquele país. Não deu certo. Ele não tinha mérito nenhum, nem para um e nem para o outro cargo. O deputado, por sua vez, sempre jurou que cumpria todos os critérios meritocráticos para os dois cargos.
Mas, pelo jeito, como a Popeyes garante que não vendia hambúrguer, e ele diz que os fritava, não restou outra alternativa. Sua chefe o demitiu. Pelo jeito, o “zero dois” não conseguiu nem convencer a superiora de que sabia a diferença entre hambúrguer e outra fritura qualquer. Daí em diante o banana não deixou mais de se engalfinhar – no sentido violento da palavra – com as mulheres. É por isso, ele está atacando gratuitamente as engenheiras brasileiras.