O senador Alvaro Dias (PR), pré-candidato à presidência da República pelo Podemos (PR), afirmou na segunda-feira (7), durante sabatina à Folha, UOL e SBT, que é favorável à continuidade da Operação Lava Jato e o fim do foro privilegiado. “O Congresso precisa aprovar a restrição do alcance do foro privilegiado”, disse.
Segundo o senador, o Supremo Tribunal Federal (STF) está se vendo obrigado a legislar, porque o Congresso não está aprovando novas leis sobre o tema, como o projeto que está parado na Câmara dos Deputados.
Ele acrescentou que o mesmo problema ocorre em relação à prisão após condenação em segunda instância. Dias também se mostrou favorável à medida, e disse que não consolidar uma lei neste sentido seria um retrocesso à Operação Lava Jato.
Alvaro Dias também descartou qualquer aliança com o PSDB ou possibilidade de se tornar vice na chapa do ex-governador paulista Geraldo Alckmin. “O PSDB é sustentado pelo sistema que eu estou contestando”, afirmou.
O presidenciável declarou que sua proposta é de “ruptura e do desmonte” do que chamou de balcão de negócios que se formou em Brasília. “Eu denomino isso de refundação da República. Qualquer aliança que comprometa essa proposta está descartada”, ressaltou.
O senador considerou ainda que o acampamento pró-Lula, instalado por petistas nas imediações da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, é um ato de provocação, “um acinte, um escárnio, uma afronta à legalidade democrática”. “Não concordo com o tiro, mas não concordo com a provocação”, disse.