O chefe do apartheid israelense, Bibi Netanyahu, afrontou o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e sua esposa quando os recepcionou para um jantar na residência oficial do governo israelense, no dia 2.
A ofensa consistiu em servir à mesa do jantar a sobremesa em sapatos. Uma grosseria extrema em se tratando de qualquer convidado e agravada pelo fato de que para os japoneses o uso do sapato em interiores (casa, escritório, restaurantes) é praticamente vetado.
A mídia em geral tratou o acontecimento como uma ‘gafe’ que teria sido cometida pelo chef israelense, Seguev Moshe, a quem a recepção fora encomendada.
No entanto, isso não explica a estupidez do gesto.
Acontece que Abe visitara no dia anterior o líder palestino, Mahmud Abbas, declarando que o Japão, solidário, tem investido na Palestina apesar da ocupação. Além disso, declarou que não moverá a embaixada de seu país para Jerusalém e que não pretende se afastar do acordo com o Irã sobre a questão nuclear.
Além disso, logo antes da visita aos palestinos Abe teve uma matéria sua intitulada “Aviso de um amigo verdadeiro”, onde alerta o governo israelense de que os assentamentos judaicos em terras palestinas, “isolam Israel e são vistos como uma violação das leis internacionais”.
Sentindo-se respaldado pelo absurdo movimento de Trump, que transfere a embaixada dos EUA a Jerusalém, com grande parte da cidade, milenarmente palestina, ocupada militarmente por Israel, Netanyahu se sentiu à vontade para mais uma vez vomitar sua doentia arrogância.