O Bloco Patriótico é o grande vitorioso nas eleições parlamentares realizadas no fim de semana no Líbano. O bloco composto pelos partidos Movimento Patriótico Livre, comandado pelo líder cristão, Michel Aoun, presidente do governo de unidade nacional; pelo tradicional e popular nos centros operários, Amal (Esperança, em árabe) e o dos integrantes da chamada Resistência (força que expulsou os invasores israelenses do sul do país e ajudou a enfrentar o terrorismo financiado pela CIA na vizinha Síria), o Hezbollah, conquistaram 67 das 128 cadeiras em disputa.
O grande derrotado nas eleições foi o Movimento Futuro de Said Hariri, que apesar de prestar serviço a realeza saudita, que integrava um governo de coalizão nacional, acabou sequestrado pelos sauditas e depois resgatado com a ajuda internacional, inclusive da França. Ao voltar do misterioso e rumoroso episódio, Hariri foi mantido como primeiro-ministro mas chegou desmoralizado às atuais eleições. Sua bancada caiu de 33 para 21 deputados.
O prestígio do Hezbollah, que foi quem patrocinou o governo de unidade nacional, em vigor no Líbano, só fez crescer quando o movimento estendeu a mão em defesa de Hariri quando se encontrava no cativeiro saudita. É esse papel de fiador da luta por soberania e unidade nacional que tem valido ao Hezbollah as acusações caluniosas, por parte das potências colonialistas e de Israel, de “terroristas”.
Segundo o regime de apartheid de Tel Aviv, assombrado com a vitória dos patriotas libaneses, já declarou através de um ministro que “agora todo o Líbano virou Hezbollah”.
NATHANIEL BRAIA