O cineasta norte-americano Oliver Stone, vencedor do Oscar e profundo crítico da política externa dos EUA, pediu aos leitores de meios de comunicação e usuários das redes sociais que não cedam às campanhas midiáticas contra a Rússia, que se intensificaram após o início da operação especial russa na Ucrânia.
“Em meio a toda a histeria na mídia ocidental, gritando acusações de assassinato sangrento contra [Vladimir] Putin, omitindo os principais fatos quando não lhes é conveniente, o mais importante é entender todo o espectro do que está acontecendo e, acima de tudo, pensar com clareza”, escreveu o autor do clássico “Platoon”, sobre a Guerra do Vietnã, em sua conta no Instagram.
“Com a ajuda da Internet, encontrei algumas análises úteis e honestas”, assinalou.
A lista de leitura que Stone sugere inclui artigos escritos por Tony Kevin, que serviu como embaixador da Austrália em Moscou durante a Guerra Fria, Jonathan Steele, um aclamado jornalista e autor britânico, Joe Lauria, editor-chefe do site de notícias Consortium News e Caitlin Johnstone, uma ativista antiguerra australiana que publicou sua análise no mesmo veículo.
Stone é autor do documentário de uma hora e meia, “Ucrânia em chamas”, lançado em 2016 no Brasil, que apresenta, com seriedade, a revolução colorida que ocorrera na Praça Maidan, em Kiev, dois anos antes. A desinformação midiática promovida pela aliança Otan/EUA/Ucrânia tinha sido persistente e o Ocidente ia seguindo os acontecimentos dessa situação sob uma visão deturpada.
Produzido pelo diretor estadunidense Oliver Stone e dirigido pelo estadunidense-ucraniano Ígor Lopateniuk, o documentário desvenda a implicação dos EUA e da CIA no processo golpista em Kiev – com direito à célebre distribuição de sanduíches dos EUA para supostamente mitigar a fome da população, em plena Maidan, pelas mãos da Subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos desde 2021, Victoria Nuland. Uma imagem histórica, ridícula que também pode ser vista no documentário “Ucrânia: As Máscaras da Revolução”), do diretor francês Paul Moreira.
Oliver Stone é ainda autor do “JFK – a pergunta que não quer calar”, onde ele esmiúça os eventos que levaram ao assassinato do presidente John Kennedy, de “Snowden, heroi ou traidor”, de “Wall Street” e do documentário “As entrevistas com Putin”, o seu longo encontro com Vladimir Putin, em Moscou e nos arredores da cidade, resultado de dois anos de viagens ao Kremlin.
Aqui estão dois dos links sugeridos pelo cineasta:
Caitlin Johnstone
Barbara Tuchman – “A marcha da loucura novamente”
As entrevistas de Stone são reveladoras em especial o episódio 3:
Obrigado pela limpeza feita em relação aos “pasquins’” destiladores de veneno para intoxicar os menos atentos