Trinta e quatro dias após o último temporal que dizimou a cidade, ao menos cinco pessoas morreram em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, vítimas das chuvas deste domingo (20).
De acordo com o Corpo de Bombeiros local, uma pessoa foi resgatada com vida e ainda há uma outra desaparecida. Ao todo, 574 pessoas foram atendidas em pontos de apoio.
“Ainda temos previsão de chuva, pedimos que a população fique atenta aos nossos informes”, pontuou o secretário de Defesa Civil, o tenente-coronel Gil Kempers.
O temporal fez rios transbordarem e inundou ruas.
O município da região serrana do RJ recebeu toda a chuva esperada para o mês de março em apenas duas horas e meia.
Segundo registros históricos, a média esperada de chuva em Petrópolis para o mês de março é em torno de 250 mm, mas apenas em São Sebastião, distrito da cidade, foram registrados 415 mm em 10 horas.
Em seguida, como recordistas em níveis de pluviosidade, vieram Coronel Veiga com 375,2 mm na tarde de ontem, Dr. Thouzet com 363,8 mm e Vila Felipe, com 337,4 mm.
“Os eventos de fevereiro podem ser repetidos. Visto que a cidade ainda não está 100% reestruturada, os morros estão com menos vegetação, isso acaba aumentando o risco associado a deslizamentos”, afirmou Pedro Regoto, especialista de clima da Climatempo. A previsão é de ao menos mais 130 mm de chuva ao longo desta segunda-feira (21) na cidade.
Com a previsão de chuva moderada a forte, podendo se intensificar até esta segunda-feira, a Secretaria de Defesa Civil acionou os responsáveis pelos pontos de apoio em diferentes localidades, para que fiquem de sobreaviso para possível acionamento.
Até o momento, presta apoio a 419 pessoas que se deslocaram para os pontos nas localidades do Morin, Quitandinha, Amazonas, Vila Felipe, Sargento Boening, São Sebastião, Dr. Thouzet, Alto da Serra, Floresta, Independência e Siméria.
A recomendação é que, em caso de emergência, a população seja direcionada aos locais de acolhimento onde permanecerá em segurança até que a chuva cesse.
Segundo a pasta, 19 estruturas – a maior parte delas em escolas da rede pública – estão preparadas para receber os moradores de áreas de risco. Outros locais serão abertos de acordo com a necessidade e a partir do acionamento da Defesa Civil.