Os trabalhadores dos Correios decidiram encerrar a greve nacional da categoria na última sexta-feira, 6. Os ecetistas aceitaram a proposta de acordo do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que prevê reajuste nos salários e benefícios retroativo à data base em 2,07% e renovação das cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho vigente mantendo os direitos já obtidos.
A greve teve início na segunda quinzena do mês passado reivindicando aumento real, contra a retirada de direitos e em denúncia ao plano de privatização da empresa anunciado pelo governo Temer.
Para a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios (Fentect), que reúne mais de 30 sindicatos, “o ganho com o reajuste de agosto de 2017 é significativo para a categoria, pois não reflete apenas no salário, mas também no anuênio, nas gratificações de 30% do carteiro”, e também em outros benefícios como “o vale alimentação, o vale cesta, o vale extra no final do ano, décimo terceiro o recolhimento do FGTS, além dos reajustes no auxílio creche/babá e no auxílio para dependentes com deficiência. Ao colocar tudo isso no papel, é possível verificar que o índice de 2,07% retroativo é mais vantajoso que os 3% propostos para janeiro de 2018”, avalia a Fentect.
Também para o Sindicato dos Correios de São Paulo (Sintect-SP), filiado à Federação Interestadual dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios (Findect), que também representa os sindicatos do Rio de Janeiro, Bauru, Maranhão e Tocantins, “o acordo contemplou solicitações feitas um mês antes da reforma trabalhista entrar em vigor. “[Isso] foi o mais importante nesse momento, pois garante nossos direitos conquistados em muitos anos de luta, que estavam seriamente abraçados”, comemorou o sindicato.