O Telegram confirmou, na sexta-feira (25), sua participação no Programa de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A parceria mostra que a postura do Telegram só mudou depois que foi bloqueado no Brasil por desrespeito a decisões judiciais e às leis do país.
O Google, WhatsApp, Twitter, Facebook, TikTok e Kwai já tinham aderido ao programa, assim como plataformas de checagem de informação e partidos políticos.
O Programa de Enfrentamento à Desinformação visa aumentar a difusão de informações verdadeiras e combater as fake news durante as eleições presidenciais, que acontecerão em outubro.
O programa foi criado por conta da explosão de fake news que houve na campanha de 2018, muitas delas endossadas pelo então candidato Jair Bolsonaro.
Uma das que mais preocupou o TSE foi a de que as urnas eletrônicas tinham sido fraudadas. Jair Bolsonaro chegou a divulgar vídeos falsos que tentavam desacreditar as urnas eletrônicas.
No dia 18 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o bloqueio do Telegram no Brasil por conta das sucessivas vezes em que a empresa ignorou os contatos e decisões judiciais.
Menos de 24h depois da decisão, o Telegram alegou falha na comunicação, pediu desculpas ao STF e acatou a todas as ordens vindas do tribunal.
Uma postagem de Jair Bolsonaro que dizia, falsamente, que as urnas eletrônicas tinham sido violadas na eleição de 2018 foi finalmente derrubada pela plataforma, por ordem judicial.