Os servidores estaduais do Rio Grande do Sul realizaram um protesto nesta segunda-feira (28), em frente ao palácio Piratini, em defesa de reposição dos salários. De acordo com o Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Poder Executivo do Rio Grande do Sul (Sintergs), as perdas salariais já chegam a 55,07% pela falta de reposição da inflação há mais de sete anos.
Os servidores também pediram que o governador Eduardo Leite recebesse a direção do Sintergs para discutir o projeto de reestruturação do plano de carreira de analistas de projetos e políticas públicas e especialistas em saúde, apresentado pelo Sindicato há nove meses. No entanto, os servidores não foram recebidos.
“O governo faz propaganda que fechou 2021 com superávit de R$ 2,5 bilhões após nove anos no vermelho. Mas não conta que esse resultado foi em cima do arrocho nos salários e na retirada de direitos dos servidores e na falta de reposição de pessoal”, ressalta o presidente do Sintergs, Antonio Augusto Medeiros.
Em relação ao plano de reestruturação, Medeiros destaca que a iniciativa do Sintergs de elaborar o projeto já teve sinal positivo após diversas rodadas de negociação junto à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), mas que não avançou. “Somente a reestruturação pode tornar as carreiras atrativas novamente. É notório o desinteresse dos profissionais de nível superior em ingressar no Estado”, afirma. De acordo com a entidade, o concurso público realizado este ano reforça esta percepção: o número de inscritos no concurso para as secretarias da Saúde e da Agricultura caiu 86% e 70%, respectivamente.
