Após a privatização da gestão do Parque Ibirapuera, cedido pela Prefeitura da capital e pelo governo de São Paulo (SP), os visitantes se queixam do aumento abusivo de preços e das novas medidas do parque.
Os problemas já eram alertados desde que a iniciativa privada assumiu o maior parque urbano da América Latima, em que a sociedade civil foi retirada do Conselho Gestor para fiscalizar o Ibirapuera, além de haver cobrança para profissionais, professores e treinadores esportivos para usar as dependências do parque para treino. No ano passado, um fotógrafo foi impedido de tirar fotos no parque pelos seguranças do local.
Quem frequenta o parque, se queixa do aumento de preços abusivos, como a cobrança de valor único de R$ 13 no estacionamento (aos finais de semana), e os altos preços nos quiosques de comidas e bebidas, onde uma água de coco chega a R$ 9, são alvo de críticas de quem diz que o acesso ao parque está menos democrático e mais elitista.
A insatisfação dos clientes com o novo preço nos tradicionais carrinhos de coco é recorrente, segundo alguns vendedores a concessionária passou a tabelar o item durante a pandemia.
“O pessoal reclama bastante do preço. Antes, a cooperativa também definia o preço, mas a gente tinha liberdade pra fazer valor diferente pro cliente. Dependendo do tamanho da fruta, eu cobrava de R$ 5 a R$ 7. Agora o parque controla e é tudo R$ 9”, afirmou um comerciante em entrevista ao G1. Após a concessão, os carrinhos também só vendem bebidas da Ambev.
São várias as novas opções de alimentação, mas a maioria é composta por marcas caras. Um sorvete, por exemplo, que antes era encontrado por até R$ 5, pode custar agora de R$ 12 a R$ 30 em um ponto de venda das empresas Rochinha ou da Bacio di Latte.
A empresa Urbia assumiu a gestão do Ibirapuera em outubro de 2020, o que garante o direito de explorar comercialmente por 35 anos setores como estacionamento, restaurantes e aluguel de bicicletas. Nos diversos painéis de led que trazem informações sobre o parque, há também a exibição de propagandas.
FALTA FISCALIZAÇÃO
Com as mudanças na legislação municipal e problemas de comunicação foram cruciais para o impedimento do Conselho Gestor, composto por membros da sociedade civil, para fiscalizar a gestão do Parque Ibirapuera.
O Conselho Gestor do Parque Ibirapuera (CGPI) ficou de fora da comissão permanente de fiscalização, e integrantes apontam falta de transparência e problemas de comunicação por parte da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA).
O conselheiro e representante da Associação de Moradores da Vila Mariana Giuliano Cossolin explica por que considera grave excluir a sociedade civil da fiscalização do Ibirapuera.
“Se a concessionária se propôs a tomar conta do parque é porque ela visa ao lucro. O Parque Ibirapuera tem várias leis de tombamento, de absorção da água pelo solo, inventário de fauna e flora do parque. Se isso não é fiscalizado, a empresa faz o que quer, como já está fazendo”, resume.
O CGPI é composto por voluntários e, na visão dele, teria a disposição e a independência necessárias para contribuir nesse processo.
“É esse grupo de pessoas que é indicado para fiscalizar. Fomos eleitos para isso. Então, se você não tem alguém que se interessa [pelo parque] sem um viés econômico, isso fica totalmente prejudicado. Onde já se viu a raposa fiscalizar o galinheiro?”, questiona.,
“O PARQUE FOI PRIVATIZADO”, DIZ SEGURANÇA
Também em julho de 2021, o fotógrafo Flávio Veloso, em entrevista à Folha de São Paulo, disse ter sido impedido de continuar fazendo fotos por um segurança do Ibirapuera. “‘Isso aqui não é mais um parque público, foi privatizado’”, advertiu o funcionário do parque, de acordo com o relato do homem.
Flávio diz que estava na capital paulista a passeio e fez uma visita ao Parque do Ibirapuera, onde aproveitou para fotografar nas proximidades da Oca, quando foi abordado pelo segurança.
“Fui [ao Ibirapuera] para fotografar, para desestressar. Quando estava terminando o passeio, os seguranças me abordaram. Viram o equipamento grande, que eles dizem que é profissional, e vieram questionar se eu tinha autorização”, afirmou Veloso.
Ele tentou argumentar com o funcionário antes de ouvir sobre o suposto impedimento por causa da privatização do parque.
“Eu, muito educadamente, falei que não tinha autorização porque não precisava, estava ao ar livre fotografando o parque. O segurança disse: ‘Isso aqui não é mais um parque público, foi privatizado’”, ressaltou ele.
O homem contou que a Guarda Civil Metropolitana foi chamada pelos seguranças, mas Veloso e a família não foram abordados e continuaram fotografando. Flávio Veloso destacou que não há legislação municipal ou estadual que impeça o registro fotográfico para uso próprio em locais públicos.
COBRANÇA PELA PRÁTICA ESPORTIVA
Também, um dos principais locais de prática esportiva da cidade de São Paulo, o Parque do Ibirapuera vai passar a cobrar para permitir que professores e treinadores esportivos trabalhem com grupos de atletas no local.
Quem quiser correr com assessoria ou fazer uma aula semanal de yoga, por exemplo, terá de pagar uma tarifa para a empresa privada que ganhou a concessão do espaço. A discussão é como será feita essa cobrança, e qual será o valor.
A Associação dos Treinadores de Corrida do Estado de São Paulo (ATC) calcula que pelo menos 6 mil pessoas correm lá regularmente sob a orientação de treinadores ou, como se diz no meio da corrida, de assessorias.
Gostaria de relatar o que aconteceu comigo, mulher e cidadã pagadora de impostos, mãe e avó de 61 anos, hoje às 8 hrs no Parque Ibirapuera.
Isso na véspera do Dia da Mulher, muito triste.
Hoje, 7 de março , véspera do dia da mulher, fui maltratada e xingada pelo funcionário da Indigo, Caio Andrade. Passei mais de 15 minutos esperando eles resolverem um problema do Sem Parar para sair do parque. Nesse período troquei idéia com um outro funcionário sem nenhum problema. Até que o Caio Andrade se aproximou e disse: estou vendo que você nã está tendo um bom dia pous eu estou. Eu respondi: estava sim pois corri no parque e estava muito feliz até vocês da Indigo terem esse problema que está atrasando s vida de todos nós. Aí ele, para minha total surpresa, me disse: então vá se fuder! Fui reclamar dele com o colega, com quem eu havia conversado, e o psicopata Caio Andrade disse ao outro que eu o havia xingado. Aí eu perguntei ao outro: durante nossa conversa, em algum momento eu te destratei? Ele respondeu: de forma alguma. Aí eu disse que denunciaria o Caio Andrade em todoas as midias e ele me respondeu quase esfregando o crachá no meu rosto: pode denunciar, não tenho medo de mulher! É assim que a Indigo treina um funcioná rio para trabalhar no Ibirapuera? Um grosso, misógino, vestido no uniforme da Indigo. INACEITAVEL
Preços absurdos, restaurante cobrando por uma PICANHA R$ 250,00 e um BAIÃO DE DOIS R$70,00 isto é porque não tem fiscalização, cobram quanto querem é uma falta de respeito com o visitante consumidor!!!