Evgeny Makarov, vice-presidente da Federação dos Sindicatos Independentes da Rússia, em carta aos sindicalistas dos BRICS, ressaltou o preparo das forças ucranianas para invadir o Donbass e colocar em risco a vida daquela população, ao declarar apoio à operação militar lançada pelo governo de seus país
O vice-presidente da Federação de Sindicatos Independentes da Rússia (FNPR), Evgeny Makarov, escreveu um artigo explicando que o governo de Vladimir Putin planejou e já está executando um plano econômico para combater os possíveis danos das sanções impostas pelos Estados Unidos à sua economia.
Makarov afirma que as sanções e o sequestro das reservas internacionais da Rússia, por parte dos Estados Unidos, aceleraram “o fim da era do mundo unipolar” e “da hegemonia do dólar”.
Leia a íntegra do documento da FNR:
Caros colegas,
No dia 24 de março, completou um mês desde o início de uma operação militar especial das Forças Armadas Russas no território da Ucrânia. Nesta ocasião, gostaria de fornecer informações atualizadas sobre o que está acontecendo do ponto de vista do movimento sindical russo.
Pesquisas de opinião pública realizadas na semana passada pelo Centro de Pesquisa de Opinião Pública da Rússia (VCIOM) mostram que o nível de apoio à operação aumentou 9 pontos percentuais em relação a 24 de fevereiro, chegando a 74% dos cidadãos russos (VCIOM, em 23/03/2022). As atitudes dos sindicatos em relação à operação não mudaram nos últimos tempos: pelas nossas estimativas, as ações da liderança do país são apoiadas por até 90% dos membros da Federação dos Sindicatos Independentes da Rússia.
Apesar de alguns problemas – o aumento dos preços de alguns bens e produtos causados por proibições e restrições dos países do chamado “Ocidente Coletivo” liderados pelos Estados Unidos -, 61% dos cidadãos russos acreditam que o governo está tomando as medidas necessárias para reduzir consequências de tais ações ilegais e unilaterais destinadas a minar a economia do nosso país.
Sentimos aumento da tensão no mercado de trabalho com certa redução do número de empregos, mas até agora esse fenômeno não se espalhou e a situação geral no mercado de trabalho permanece calma.
O governo da Rússia, juntamente com empregadores e sindicatos, está desenvolvendo cuidadosamente as medidas para preservar os empregos que podem ser eliminados após a retirada das empresas ocidentais da Rússia. A gama de medidas que estão sendo discutidas é muito ampla, desde a gestão externa de tais empresas até a nacionalização de indústrias estratégicas.
Um dos passos que está sendo considerado na esfera financeira é a transferência parcial de acordos de comércio exterior entre empresas russas e de países hostis para pagamentos em rublos, o que na verdade significa uma rejeição gradual dos acordos com eles em dólares e euros.
Estas e outras medidas forçadas foram tomadas em resposta às pressões externas sem precedentes, que levam inevitavelmente a uma crise econômica global, cujos sinais já são visíveis em muitos países do mundo. Nosso país fez todos os esforços possíveis para evitar cair no caos econômico, mas os Estados Unidos e seus aliados europeus rejeitaram todas as opções propostas, assim, segundo muitos especialistas e analistas, acelerando o fim da era do mundo unipolar, da hegemonia do dólar e da imposição de suas próprias regras e concepções econômicas, políticas, sociais e culturais.
Com relação ao andamento da Operação Militar Especial, no dia 25 de março de 2022, o Ministério da Defesa da Rússia realizou um briefing sobre seus resultados no mês passado. Em geral, nossas Forças Armadas cumpriram com sucesso a tarefa definida para a primeira etapa da operação, que continuará até que as metas estabelecidas sejam alcançadas.
No briefing foram apresentados os documentos originais do Comando da Guarda Nacional Ucraniana, comprovando a preparação das Forças Armadas ucranianas para uma ofensiva massiva planejada para 28 de fevereiro de 2022 nos territórios de Donbass fora de seu controle, a fim de resolver a questão política de sua autonomia por coerção militar.
Novos detalhes sobre as atividades dos laboratórios químicos e biológicos financiados pelo Pentágono no território da Ucrânia estão surgindo na análise dos documentos que chegaram às mãos dos especialistas russos. Como demonstram os documentos, de 2015 até agora, cerca de 30 laboratórios estão funcionando na Ucrânia, onde os estudos de doenças humanas e de animais particularmente perigosas foram realizados sob a supervisão de biólogos militares dos EUA. Segundo experts russos e especialistas militares, são precisamente esses fatos que podem explicar os focos de doenças infecciosas de humanos e animais que ocorreram ao longo desses anos na Ucrânia e nos territórios adjacentes da Rússia, causando mortes de grupos entre a população e perda maciça de gado.
As últimas declarações oficiais dos militares referem-se expressamente ao envolvimento do filho do presidente dos EUA, Hunter Biden, no financiamento desses laboratórios por meio de mecanismos financeiros sob seu controle.
Nós vamos continuar vos atualizando sobre os desdobramentos, baseados em dados oficiais.
Solidariamente,
Evgeny Makarov