“Nós vimos pessoalmente, eu vi pessoalmente. Que todo mundo saiba: Azov e Setor Direita nos matavam, simplesmente. Entenderam?”, disse a refugiada Yekaterina Polozova, em vídeo onde diversos refugiados de Mariupol dão seus depoimentos.
“Era um inferno. Azov disparava em nós”.
“Da montanha Shlavokaya, da fábrica Azovstal, eles atiram de lá nos prédios residenciais. Eles destruíram tudo completamente, toda a região de Levaberezhniy”, continuou Yekaterina, que foi em direção ao território russo.
“São fascistas! Carrascos fascistas! Nem os fascistas [da 2ª Guerra Mundial] faziam o que esses vermes fazem”, completou.
Segundo ela, os grupos nazistas “nos aterrorizaram por oito anos, queimaram e destruíram os blocos de apartamentos”.
O conflito armado na região do Donbass, onde ficam Lugansk e Donetsk, começou depois do golpe de 2014, que derrubou o presidente eleito e iniciou uma perseguição contra as populações russófonas.
As populações do Donbass realizaram um referendo e decidiram que queriam autonomia, ainda pertencendo à Ucrânia. O governo ucraniano rejeitou o resultado e usou grupos nazistas, como o Batalhão Azov, como ferramenta de perseguição e massacre na região.
Ainda em 2014, o Batalhão Azov passou a integrar oficialmente as forças armadas da Ucrânia. Na semana passada, o presidente Volodymyr Zelensky disse que “eles são o que eles são” e defendeu sua presença no Exército.
Com a operação militar da Rússia, o Batalhão Azov foi destacado para “defender” Mariupol e têm feito isso dessa forma que os refugiados agora denunciam, tornando-os reféns sob ameaça armada para dificultar o avanço das forças russas.
Outra refugiada, Yulia Goradniakova, disse que o governo ucraniano mente quando diz que está protegendo a população de Donetsk.
“Em Kiev dizem que nos abastecem de água e de pão, que estamos sob proteção. É tudo mentira. Simplesmente nos deixaram, não precisam de nós para nada”, contou.
Segundo ela, os militares ucranianos estavam tentando impedir que os civis deixassem a cidade, para que fossem usados como “escudo humano”.
No vídeo a seguir um dos depoimentos citados na matéria:
No vídeo a seguir (legendado em inglês), da rede Republic, o repórter Patrick entrevista mãe com filho ferido pelos nazis ucranianos :
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