O governo do Estado do Rio de Janeiro deixou 2.100 pessoas de fora do aluguel social que começa a ser pago nesta sexta-feira (8) para as famílias atingidas pelas chuvas de fevereiro em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.
Segundo o Governo do Estado, das 2.917 pessoas que se cadastraram, apenas 817 vão receber a primeira parcela, de R$ 1 mil.
Na chuva torrencial do dia 15 de fevereiro, quando morreram 234 pessoas, foram registrados 260 mm de chuva.
2.100 pessoas não receberão o benefício, pois segundo o governo, estão com problemas no cadastro e para receber precisam atualizar..
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, essas pessoas têm até 90 dias para atualizar as informações do NIS, que é o Número de Identificação Social, vinculado ao CadÚnico. Quem ainda não for cadastrado no CadÚnico, precisa fazer o procedimento também neste prazo.
O valor do benefício é de R$ 1 mil, sendo R$ 800 pagos pelo Governo do Estado e R$ 200 complementados pela Prefeitura. A operação de pagamento está sendo feita pela Caixa Econômica Federal (CEF).
O pagamento do Aluguel Social é efetuado na conta da Caixa vinculada ao cadastro da família no CadÚnico. As famílias que obedecem aos critérios do programa e estavam com os dados atualizados e conta ativa foram beneficiadas.
MORTE POR LEPTOSPIROSE
A situação de abandono da cidade fluminense após as chuvas causa grandes mazelas à população. Nesta sexta-feira (8) foi confirmada a morte de uma pessoa por leptospirose, doença transmitida pela urina de animais, além de 112 casos suspeitos de contaminação.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, desde o início do ano dezenove casos da doença foram registrados no município. Há outros 112 casos suspeitos. As autoridades atribuem a alta às fortes chuvas que castigaram o município em fevereiro e março, com desabamentos e inundações e mais de 240 mortes.
“Temos reforçado os alertas, principalmente por conta das chuvas que atingiram a cidade nos dias 15 de fevereiro e 20 de março”, afirmou o secretário de Saúde da cidade, Marcus Curvelo. “Os sintomas podem aparecer até 30 dias depois do contato com a água e a lama das enchentes.” Em 15 de fevereiro, o temporal recorde em Petrópolis teve o maior volume de precipitação em 90 anos.
Curvelo explicou que as pessoas que tiveram esse contato e apresentarem sintomas como febre associada a dores de cabeça ou dores no corpo devem procurar imediatamente uma unidade de saúde. “No caso de aparecimento dos sintomas, a pessoa deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa, pronto-socorro ou hospitais para avaliação médica, pois não existe vacina contra a leptospirose”, orienta a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Alessandra Sauan.
Com as chuvas fortes registradas em outras regiões do Estado, como Paraty e Angra dos Reis, na Costa Verde, nos últimos dias, a Secretaria Estadual de Saúde também fez alerta para o risco de surgimento de novos casos da doença. “É muito importante que a população procure imediatamente um médico caso apresente sintomas compatíveis com a doença”, afirmou o secretário estadual de saúde, Alexandre Chieppe.