O deputado federal Bonifácio de Andrada (PSDB/MG) confidenciou que teria dificuldade em abrir mão da relatoria da segunda denúncia contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, porque o próprio acusado teria feito um apelo para ele aceitar a função.
Segundo o blog de Gerson Camarotti, do G1, o tucano teria admitido o pedido para caciques do PSDB, após ser escolhido para relatar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que enquadra o presidente da República nos crimes de obstrução da justiça e organização criminosa.
A interferência de Temer ocasionou uma forte reação no PSDB. O partido retirou Andrada da CCJ, mas ele continuou relator porque o PSC abriu mão da sua vaga para o deputado mineiro.
Ao perceber a forte reação da sua bancada, Andrada argumentou que tinha sido uma decisão pessoal e alegou que seria sua última grande missão na Câmara dos Deputados, pois, aos 87 anos, não deve mais concorrer para a renovação do mandato.
A acusação de organização criminosa é imputada também aos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).