
Ao meio-dia desta sexta-feira (18), um avião Boeing 737-200 da companhia mexicana Damojh, de nome fantasia Global Air, arrendado à Cubana de Aviación, caiu pouco depois de levantar voo do Aeroporto Internacional José Martí em Havana com destino a Holguín, a leste da capital. Na aeronave estavam 104 passageiros e 9 tripulantes. 110 faleceram e três mulheres sobreviventes foram resgatadas em estado grave e uma delas está consciente, conforme informou o Ministério da Saúde de Cuba. Até o sábado, 15 das vítimas fatais tinham sido identificadas e seguem as pesquisas para a identificação das demais. Familiares dos passageiros estão em Havana para fornecer material genético que permita identificar os corpos. Cuba está de luto oficial a partir das 6 h da manhã de sábado (19), até à meia-noite de domingo (20), decretou o Conselho de Estado da República.
O vice-ministro da Saúde, Alfredo González, disse ainda que estão sendo prestados apoio psicológico e assistência médica aos familiares das vítimas.
Enquanto que as causas do acidente permanecem desconhecidas, testemunhas declaram que o avião tentou voltar ao aeroporto de Havana e – segundo seus relatos – foi de encontro a uma linha de alta tensão.
Integrantes de serviços de saúde chegaram ao local em alguns minutos do desastre. Segundo informações do jornal cubano, Granma, “foi confirmado que a maioria dos passageiros do avião eram cubanos, enquanto que os membros da tripulação eram estrangeiros”.
O Ministério do Exterior da Argentina confirmou que pelo menos dois dos passageiros eram argentinos.
O avião que caiu tinha 30 anos de uso e era pilotado por uma tripulação mexicana. A companhia proprietária declarou que a aeronave passou por uma última revisão em novembro de 2017.
O portal argentino Página 12 informa que as reclamações por atrasos e cancelamento de voos é constante entre os usuários dos serviços da companhia Damojh.
O presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, chegou à cena do desastre para acompanhar o início dos trabalhos de resgate.
O presidente russo, Vladimir Putin, mandou uma mensagem de condolências com mensagem trazendo “palavras de apoio aos parentes das vítimas assim como a esperança de um rápido restabelecimento das que sobreviveram”.
O último acidente no espaço aéreo cubano, antes deste, aconteceu em 2010 quando 68 pessoas morreram em um voo entre Santiago e Havana, pela empresa AeroCaribean.